Florianópolis possui o apelido de “Vale do Silício brasileiro” e, mais uma vez, o Estado de Santa Catarina reafirma sua posição como pólo tecnológico. A OAB/SC apresentará uma proposta que visa regulamentar em âmbito nacional a padronização da advocacia digital.
Cada vez ganhando mais força, a advocacia digital ainda enfrenta algumas barreiras conservadoras sobre mudanças relacionadas à tecnologia.
Entretanto, as medidas já praticadas (como marketing jurídico digital, escritório digital, produção de conteúdo e uso de softwares de gestão e acompanhamento de processos) não ferem as normas da OAB.
Isso prova que é possível inovar e usar a tecnologia para elevar a qualidade da advocacia sem nenhum tipo de dano à profissão.
O presidente da OAB/SC, Rafael Horn, e o secretário-geral, Eduardo de Mello e Souza, se reuniram nesta quarta-feira, 8 de maio, para tratar do tema. Na reunião também estiveram presentes a presidente da Comissão de Direito Digital da OAB/SC Sandra Vilela e os integrantes Leonardo Cisne, Alan Marcos da Silva Vital e Eduardo Koetz.
“Ou nos antecipamos, ou seremos antecipados”, disse Horn. Além de questões referentes à advocacia digital, o presidente também falou da importância do combate às fakenews e ao exercício ilegal da profissão.
Também foi falado sobre a captação irregular de clientela, ilícitos verificados em maior quantidade na Internet e redes sociais, e o monitoramento da atividade das chamadas lawtechs, empresas que dispõem de softwares jurídicos cujo objetivo é automatizar atos processuais.
“Não podemos nos basear nos modelos tradicionais. Será fundamental levar em consideração a inovação do setor e as tecnologias que vem impactando a advocacia para propor uma uniformização da padronização de fiscalização entre os Estados brasileiros”, disse o presidente da OAB/SC.
A pauta deve ser encaminhada ao Conselho Federal no próximo Colégio de Presidentes de Seccionais, na quarta-feira do dia 22 de maio.
Segundo o CEO da ADVBOX Eduardo Koetz, “A advocacia digital é de grande importância para os advogados mais jovens. Em um mercado com tantos profissionais e com enormes bancas, a internet torna mais democrática a luta de advogados recém formados para se estabelecerem“.
Já o secretário-geral da OAB/SC, Eduardo de Mello e Souza lembrou que o “conservadorismo presente em instituições tradicionais como a Ordem não pode ser maior do que a conscientização e a adaptação à nova realidade da advocacia por parte das Seccionais, onde Santa Catarina deve sair à frente, tendo em vista os grandes números da indústria de tecnologia e inovação registrados no Estado”, destacou.
Fonte: OAB/SC
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