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Trabalho Remoto em Grandes Equipes Jurídicas

Live #FomeDeSaber teve como tema principal: Trabalho Remoto em Grandes Equipes Jurídicas.

Como realizar trabalho remoto?

Iniciamos a nossa Roda de Conversa com Leonardo Brandileone, convidado especial, explicando a importância da tecnologia para a transição de uma grande equipe para a modalidade remota.

Leonardo relata que a Segurança da Informação deve ter uma atenção especial nessa transição, tendo em vista que uma falha pode acabar com a reputação de qualquer negócio.

Além disso, os clientes tem grande preocupação a respeito do vazamento de suas informações e documentos, exigindo estar sempre a frente de uma empresa responsável que guarde as suas informações de forma segura.

Dessa forma, é essencial que cada empresa tenha ferramentas seguras para acesso ao trabalho remoto.

Qual a importância da autogestão?

Mario Esequiel, convidado especial, menciona que a gestão dos escritórios de advocacia deve estar consciente que os recursos que a tecnologia traz fazem parte do mundo atual.

Atualmente, não é possível viver sem tecnologia.

A partir disso, os gestores devem entender que profissionais da área de Recursos Humanos tem mais a contribuir do que os próprios sócios dos escritórios.

Mario explica essa teoria contando que há alguns anos atrás, quando a ideia de colocar informações e documentos na Nuvem foi dada no Mattos Filho Advogados, muitos reprovaram.

Por que a padronização é importante?

Nessa mesma linha de pensamento, Mario considera o treinamento da equipe, formando uma padronização, aspecto fundamental.

Desse modo, cria-se uma padronização para que os recursos que a tecnologia proporciona sejam utilizados de forma segura e ordenada.

Além do mais, Mario relata que muitas vezes os colaboradores podem achar o comportamento dos gestores muito rígido em relação à Segurança das Informações.

Com treinamento e padronização da equipe, esta irá compreender esse cuidado especial dos dados.

Como integrar equipes remotas?

Leonardo relata que para a comunicação e interação entre os colaboradores da equipe não existe receita, é algo a ser aprendido e adaptado.

Contudo, atualmente já existem ferramentas que apoiam na gestão da atividade, gestão do dia a dia dos advogados, entre outras, que auxiliam na interação dos colaboradores.

Por outro lado, Leonardo acredita que ferramentas não trabalham sozinhas. É preciso ação das pessoas também.

Isso pode ser intensificado com mais reuniões, mais conversas não técnicas para saber como anda a vida do colaborador, gerando menos estresse e mais participação de todos.

Qual a importância dos Recursos Humanos?

Mario tem a mesma linha de pensamento, complementando com a importância do setor de Recursos Humanos para essa interação.

Afinal, quem está atrás das máquinas, softwares e computadores, são pessoas. Todavia, as pessoas são diferentes e lidam de forma diferente diante da nova realidade virtual.

E tudo isso se torna um aprendizado, entre erros e acertos, acreditando sempre que estamos em um processo de desenvolvimento.

Até porque, como Mario considera, não estamos em um modelo de realidade definitivo ainda, iremos avançar futuramente.

Mario menciona que é nesta fase que entra o setor de Recursos Humanos: na adaptação de cada colaborador a nova realidade.

Afinal, muitos colaboradores se encontram em difícil adaptação ao trabalho remoto, outros tem crianças em casa, alguns não tem disciplina, aumentando o estresse, entre outros exemplos.

Com isso, os Recursos Humanos compreendem que cada pessoa é diferente da outra e que deve trabalhar a partir disso, usufruindo das ferramentas disponíveis para menor estresse e dias mais tranquilos.

Como cobrar resultados?

Mario relata que alguns paradigmas devem ser mudados diante da nova realidade.

Isso porque uma das maiores questões a ser resolvida no trabalho remoto é o controle de jornada.

Com isso, Mario menciona que atualmente os gestores não devem mais cobrar pelo horário certo de trabalho do colaborador, mas sim da apresentação de bons resultados.

Nos dias de hoje existem atividades que não fazem diferença para o gestor se o colaborador realizou de manhã, à tarde, à noite ou na madrugada, apenas é necessário que seja concluída de forma satisfatória.

O foco deve ser alterado para cobrança de resultados e não mais para controle de horários.

Leonardo complementa o pensamento de Mario, relatando que acredita que estamos nos encaminhando cada vez mais para um mundo mais liberal, com as mesmas responsabilidades, mas mais liberdade para exercê-las.

Investimento em Sistemas e Metodologias

Leonardo menciona que na sua opinião é cada vez mais necessário investir em tecnologia e métodos.

Além disso, acredita que as empresas que não investirem em tecnologia terão uma operação cara, morosa e não irão conseguir competir com empresas ligadas ao digital.

Assim, o cliente ditará a regra. Não existe uma receita para tudo isso. É importante que as empresas acompanhem e entendam como os clientes querem trabalhar e solucionar suas questões.

Já existem diversos sistemas excelentes para auxiliar na resolução dessas questões, possibilitando ainda a fácil comunicação entre as partes.

O que é o Plano Estratégico de uma empresa?

Leonardo considera o plano estratégico da empresa passo fundamental para um bom desenvolvimento, gerando bons resultados.

Os escritórios devem ter este plano estratégico muito bem formulado, sendo base para todas as áreas. O que a empresa desejar, o que precisa passar e ter para que seja realizado e quanto pode investir nessa trajetória.

Como investir na tecnologia?

Leonardo menciona que existe uma grande preocupação das empresas e gestores a respeito da Inteligência Artificial.

Contudo, considera que antes de se preocupar com isso, deve ser feita uma boa estrutura tecnológica, organizando as informações, guardando-as de forma segura, para depois pensar e se preocupar com a Inteligência Artificial.

Mas afinal, quanto uma empresa deve investir na tecnologia?

Leonardo conta que na Mattos Filho Advogados a prática adotada é do investimento de 4% a 5% do faturamento.

O que é a dependência da tecnologia?

Mario tem a mesma linha de pensamento que Leonardo, acreditando que não existe mais como não investir em tecnologia.

Com isso, ter uma verba específica destinada à tecnologia é fundamental.

Mario cita que o plano estratégico se aplica muito bem à isso, tendo em vista que se a empresa não tem um bom plano, pode acabar gastando dinheiro em vão.

A empresa deve saber o que quer e no que precisa investir para isso se realizar.

Como controlar Trabalho Remoto?

Leonardo menciona que o Mattos Filho Advogados possui um mecanismo que é instalado no computador do colaborador que faz o controle de horas através de monitoramento.

Com isso, caso o colaborador avance nas suas horas de trabalho, o mecanismo desenvolve limitações para as tarefas, incentivando o colaborador a não ultrapassar as horas diárias.

Por outro lado, Leonardo considera que mesmo com o apoio da tecnologia, o principal é a relação de confiança entre a empresa e o colaborador, com maturidade e disciplina de ambas as partes.

#FomeDeSaber

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Autor
Foto - Eduardo Koetz
Eduardo Koetz

Eduardo Koetz é advogado, escritor, sócio e fundador da Koetz Advocacia e CEO da empresa de software jurídico Advbox.

Possui bacharel em Direito pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos). Possui tanto registros na Ordem dos Advogados do Brasil - OAB (OAB/SC 42.934, OAB/RS 73.409, OAB/PR 72.951, OAB/SP 435.266, OAB/MG 204.531, OAB/MG 204.531), como na Ordem dos Advogados de Portugal - OA ( OA/Portugal 69.512L).
É pós-graduado em Direito do Trabalho pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2011- 2012) e em Direito Tributário pela Escola Superior da Magistratura Federal ESMAFE (2013 - 2014).

Atua como um dos principais gestores da Koetz Advocacia realizando a supervisão e liderança em todos os setores do escritório. Em 2021, Eduardo publicou o livro intitulado: Otimizado - O escritório como empresa escalável pela editora Viseu.

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