como identificar fake news
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Como identificar fake news e qual a importância disso?

Como identificar fake news e qual a importância disso?

Com o avanço da internet e das redes sociais, a circulação de informações se tornou praticamente instantânea. No entanto, essa velocidade também abriu espaço para um fenômeno perigoso: a disseminação de notícias falsas. 

Saber como identificar fake news tornou-se uma habilidade indispensável para todos, independentemente da idade, profissão ou área de atuação. Mais do que um cuidado pessoal, identificar e combater as fake news é um compromisso com a verdade, a democracia e a saúde da sociedade.

Neste artigo, você vai entender o que são as fake news, quais são os principais tipos, aprender como identificar fake news com base em critérios objetivos e conhecer estratégias práticas para impedir que essas informações equivocadas continuem se espalhando.

O que são fake news?

As fake news são informações falsas, distorcidas ou manipuladas, criadas com o objetivo de enganar, manipular a opinião pública ou gerar algum tipo de vantagem, política, econômica ou ideológica.

Essas notícias geralmente imitam o formato de veículos jornalísticos sérios para dar a impressão de legitimidade. No entanto, ao contrário do jornalismo profissional, as fake news não seguem critérios de apuração, checagem de fatos ou responsabilidade editorial.

Elas podem aparecer em forma de texto, vídeo, imagem ou até áudios, e muitas vezes se espalham rapidamente por redes sociais, aplicativos de mensagens e blogs sem supervisão. O impacto pode ser devastador: desde prejudicar reputações até influenciar eleições, afetar políticas públicas e gerar crises sociais.

Entender a natureza das fake news é o primeiro passo para combatê-las e isso exige conhecimento, atenção e senso crítico.

Quais são os tipos de fakes news?

Os principais tipos de fake news são: conteúdo totalmente falso, manipulado, enganoso, satírico, de conexão falsa e de falsa atribuição.

Cada um desses tipos tem uma forma específica de enganar o leitor, seja por meio de distorção dos fatos, uso de imagens fora de contexto ou falsas declarações. Entender essas variações é essencial para desenvolver um olhar crítico e identificar rapidamente quando uma notícia é construída com má-fé.

Além disso, a classificação ajuda a compreender os diferentes objetivos por trás da desinformação, que podem ir desde gerar cliques e lucros com publicidade até influenciar comportamentos sociais ou eleitorais. A seguir, conheça melhor cada tipo:

  • Conteúdo totalmente falso: a notícia é inventada do zero, sem qualquer vínculo com a realidade. É comum em sites criados apenas para gerar tráfego e lucro com anúncios;
  • Conteúdo manipulado: apresenta uma base real, mas os dados, imagens ou falas são distorcidos para criar uma narrativa enganosa;
  • Conteúdo enganoso: usa informações verdadeiras fora de contexto ou com interpretação distorcida, levando o leitor a conclusões erradas;
  • Satírico ou de paródia: criado com fins humorísticos, mas pode ser confundido com notícias reais, especialmente se for tirado de contexto;
  • Conexão falsa: o título, imagem ou legenda não corresponde ao conteúdo da notícia, gerando uma expectativa que não se confirma;
  • Falsa atribuição: informações ou frases são atribuídas falsamente a pessoas, instituições ou especialistas para dar credibilidade à fake news.

Como identificar as fake news?

É possível identificar as fake news adotando uma postura crítica diante da informação e observando uma série de sinais objetivos.

Ao analisar elementos como a linguagem da notícia, a fonte, a imagem utilizada e a data de publicação, é possível reconhecer conteúdos enganosos antes que sejam compartilhados. A verificação pode ser feita por qualquer pessoa, mesmo sem formação jornalística, o que exige é atenção e hábito.

A seguir, confira os principais critérios que devem ser avaliados para descobrir se uma informação é falsa. Esses passos ajudam a evitar ser enganado e também impedem que a desinformação continue se espalhando.

Observar as características das notícias

Notícias sérias seguem um padrão editorial claro. Elas costumam apresentar linguagem formal, informações verificadas, fontes confiáveis e estrutura lógica. Além disso, são assinadas por jornalistas, trazem data e indicam o veículo de comunicação responsável pela publicação.

As fake news, por outro lado, costumam usar títulos sensacionalistas, erros ortográficos, linguagem exagerada e elementos visuais chamativos. Muitas vezes apelam para o medo, a indignação ou o humor. O excesso de pontos de exclamação, o uso de caixa alta e a ausência de fontes são sinais de alerta.

Averiguar a fonte das notícias

Confiar na fonte da informação é essencial. Veículos jornalísticos consolidados, como G1, BBC, Estadão, Folha e CNN, entre outros, seguem critérios editoriais rigorosos e passam por processos de apuração e revisão. Essas instituições prezam pela correção de erros e pela transparência.

Já sites desconhecidos, com nomes genéricos ou que imitam marcas famosas, geralmente não têm compromisso com a veracidade. Antes de acreditar em uma notícia, verifique se o site tem CNPJ, equipe identificada, canais de contato e política de correções. Se não tiver, desconfie.

Buscar a notícia em outras fontes

Uma das formas mais simples de checar a veracidade de uma informação é ver se ela também foi publicada por outros veículos confiáveis. Se apenas um site ou perfil estiver divulgando aquela notícia, é provável que haja algo errado.

Digite no Google partes do título ou trechos do conteúdo. Se a notícia for verdadeira, você encontrará versões semelhantes em portais distintos. Preste atenção também na forma como o conteúdo é abordado. Se o mesmo fato for relatado de maneiras muito diferentes, isso pode indicar distorção.

Fazer busca reversa de imagens e vídeos

Muitas fake news usam imagens ou vídeos fora de contexto para convencer o leitor de algo que não aconteceu. Uma foto antiga, por exemplo, pode ser usada como se fosse atual. Isso reforça a narrativa enganosa e dificulta a checagem apenas pela leitura.

A busca reversa permite descobrir a origem da imagem. No Google Imagens, clique no ícone da câmera e envie o arquivo suspeito. Para vídeos, ferramentas como InVID ou YouTube DataViewer ajudam a verificar a data e o local de publicação. Se o conteúdo for antigo ou estiver vinculado a outro assunto, trata-se de manipulação.

Verificar a data de publicação

Notícias antigas podem ser reutilizadas como se fossem recentes, criando uma falsa sensação de urgência. Isso é comum em períodos eleitorais, tragédias ou crises, quando informações do passado são tiradas de contexto.

Sempre verifique a data da publicação original e analise se o conteúdo ainda é relevante. Uma informação verdadeira, quando apresentada fora do tempo certo, pode se tornar enganosa e influenciar o público indevidamente. Use esse critério para evitar cair em armadilhas.

Utilizar agências de checagem

As agências de checagem são organizações independentes que analisam informações virais e avaliam sua veracidade com base em evidências. Utilizar essas plataformas é uma forma rápida e segura de confirmar se uma notícia é verdadeira, enganosa ou falsa. A seguir, veja algumas das principais no Brasil:

  • Lupa: pioneira no país, a Lupa faz verificações detalhadas com base em dados públicos e entrevistas, atuando especialmente em temas políticos e de saúde;
  • Aos Fatos: com foco em educação midiática e combate à desinformação, verifica conteúdos virais e monitora discursos públicos de figuras políticas;
  • Boatos.org: especializado em desmentir boatos que circulam principalmente no WhatsApp, com linguagem acessível e explicações diretas;
  • Fato ou Fake (G1): parceria entre veículos do Grupo Globo, checa conteúdos que circulam nas redes sociais e em aplicativos de mensagens;
  • Comprova: projeto colaborativo entre diversos veículos de mídia, verifica conteúdos suspeitos sobre políticas públicas, eleições e saúde.

Qual é a importância de identificar as fakes news?

Identificar as fake news é importante porque elas causam impactos diretos na sociedade, prejudicando a democracia, a saúde pública e a convivência social.

Elas distorcem fatos e geram medo, influenciam decisões equivocadas e alimentam preconceitos. Por isso, combater essas notícias falsas é um dever de todos, e sua identificação é o primeiro passo para conter os danos.

A seguir, entenda por que esse combate é fundamental em diferentes áreas da vida pública e privada.

Protege a democracia

As fake news comprometem o processo democrático ao manipular a opinião pública com informações distorcidas ou inventadas. Em períodos eleitorais, elas são usadas para atacar candidatos, espalhar boatos e influenciar votos com base em mentiras. 

Esse tipo de manipulação enfraquece as instituições e gera desconfiança no sistema eleitoral. Ao identificar conteúdos falsos, o cidadão ajuda a manter o debate político honesto e baseado em fatos reais.

Preserva a saúde pública

Durante emergências sanitárias, como a pandemia da Covid-19, muitas fake news circularam com informações erradas sobre tratamentos e vacinas. Isso fez com que parte da população deixasse de seguir orientações médicas, colocando em risco a própria saúde e a dos outros. 

Identificar notícias falsas nesse contexto é vital para garantir que as pessoas tomem decisões seguras, baseadas na ciência, e para evitar o colapso de sistemas de saúde.

Combate o preconceito e a violência

Notícias falsas são frequentemente usadas para disseminar ódio contra grupos sociais, religiosos, raciais ou políticos. Ao propagar mentiras sobre minorias, essas mensagens alimentam estigmas, reforçam estereótipos e incentivam comportamentos violentos. 

Quando identificamos e desmentimos essas fake news, contribuímos para uma sociedade mais justa, onde o respeito à diversidade prevalece sobre o discurso de ódio e a intolerância.

Fortalece o jornalismo sério

O combate às fake news valoriza o trabalho de profissionais que se dedicam à apuração e checagem dos fatos. Ao optar por informações verificadas, o público passa a reconhecer o papel essencial do jornalismo na construção de uma sociedade informada e consciente. 

Esse fortalecimento também reduz o espaço para fontes duvidosas e melhora o nível do debate público. Confiar em veículos sérios é uma forma de proteger o direito à verdade.

Reduz o pânico e a desinformação

Boatos espalhados como notícias verdadeiras podem gerar pânico coletivo, como corrida a mercados, medo injustificado ou até comportamentos perigosos. Isso é comum em momentos de crise, quando a informação circula de forma acelerada e sem checagem. 

Identificar uma fake news nesses casos é crucial para manter a calma, evitar decisões precipitadas e impedir a propagação de informações que não ajudam e, muitas vezes, só atrapalham.

O que fazer ao identificar fake news?

Ao identificar uma fake news, o mais importante é não repassar a informação e adotar medidas para conter sua disseminação.

Diante de uma notícia falsa, a responsabilidade individual faz toda a diferença. Mesmo que o conteúdo pareça inofensivo ou curioso, compartilhá-lo pode ampliar seu alcance e causar danos reais. Por isso, é fundamental agir com consciência e prudência.

Além de interromper a cadeia da desinformação, também é possível contribuir ativamente com a correção do conteúdo e a educação de outras pessoas. Abaixo, veja o que você pode fazer de forma prática:

  • Não compartilhe: mesmo que a intenção seja alertar, o simples ato de reenviar ajuda a manter a notícia em circulação;
  • Informe quem enviou: avise, com respeito, que a informação é falsa e ofereça fontes confiáveis que comprovem a verdade;
  • Denuncie a postagem: use as ferramentas de denúncia das redes sociais ou aplicativos para sinalizar conteúdos enganosos;
  • Compartilhe o conteúdo verificado: quando possível, publique ou encaminhe versões corretas da informação com links confiáveis;
  • Oriente outras pessoas: ajude amigos e familiares a entender como identificar fake news, promovendo a educação digital.

Conclusão

Identificar fake news é mais do que uma habilidade técnica, é um compromisso com a verdade, com o senso crítico e com a construção de uma sociedade bem informada. Em um cenário onde a desinformação se espalha com velocidade, adotar hábitos simples de verificação é uma forma poderosa de fazer a diferença.

Ao entender o que são as fake news, conhecer seus tipos, saber como reconhecê-las e adotar estratégias para barrar sua propagação, cada pessoa se torna agente ativo no combate à desinformação.

Essa postura protege a democracia, fortalece o jornalismo sério, preserva a saúde pública, combate preconceitos e evita o pânico social. E, além de não compartilhar conteúdos duvidosos, é essencial denunciar, orientar outras pessoas e valorizar fontes confiáveis.

Seja no consumo pessoal de informações, nas redes sociais ou no exercício profissional, reconhecer e combater notícias falsas é um dever de todos. E quando o assunto é gestão da informação no meio jurídico, contar com um sistema confiável como a ADVBOX faz toda a diferença. Com a ADVBOX, você centraliza prazos, documentos e tarefas em um só lugar, tudo com segurança e precisão.

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Autor
Foto - Eduardo Koetz
Eduardo Koetz

Eduardo Koetz é advogado, escritor, sócio e fundador da Koetz Advocacia e CEO da empresa de software jurídico Advbox.

Possui bacharel em Direito pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos). Possui tanto registros na Ordem dos Advogados do Brasil - OAB (OAB/SC 42.934, OAB/RS 73.409, OAB/PR 72.951, OAB/SP 435.266, OAB/MG 204.531, OAB/MG 204.531), como na Ordem dos Advogados de Portugal - OA ( OA/Portugal 69.512L).
É pós-graduado em Direito do Trabalho pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2011- 2012) e em Direito Tributário pela Escola Superior da Magistratura Federal ESMAFE (2013 - 2014).

Atua como um dos principais gestores da Koetz Advocacia realizando a supervisão e liderança em todos os setores do escritório. Em 2021, Eduardo publicou o livro intitulado: Otimizado - O escritório como empresa escalável pela editora Viseu.

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