Boas práticas de autogestão para melhores resultados na advocacia
Gestão na advocacia

Boas práticas de autogestão para melhores resultados na advocacia

Conhecer boas práticas de autogestão é fundamental para um escritório de advocacia. Desse modo, os líderes conseguem gerenciá-lo e administrá-lo com eficiência, além de tomar decisões cada vez melhores e mais maduras.

As práticas de autogestão já são adotadas em empresas de diversos segmentos. Felizmente, é possível aplicá-las em escritórios de advocacia. Inclusive, existem casos em que elas trouxeram inúmeros benefícios. 

Acompanhe a leitura, veja o que são as práticas de autogestão e os benefícios de adotá-las no escritório! 

O que é ter autogestão?

A autogestão é um modelo de cultura organizacional que estabelece que a tomada de decisões deve ser feita de maneira uniforme e com igualdade entre os integrantes de uma equipe.

É um modelo de gestão horizontal, onde os colaboradores possuem mais autonomia para atuar e tomar decisões. Ela é o oposto de uma gestão verticalizada, muito tradicional em diversos escritórios de advocacia

Nesse último modelo, a tomada de decisão costuma ser centralizada no chefe. Por outro lado, em companhias que adotam práticas de autogestão, os colaboradores não precisam se reportar ao chefe para realizar um determinado ato decisório. Isso porque não é preciso que um superior autorize os passos que devem ser dados. 

Contudo, é essencial estabelecer regras e diretrizes. Isso significa que as práticas de autogestão não podem ser implementadas sem treinamento do time. Desse modo, os colaboradores sabem qual é o limite deles, conhecendo as atitudes que possuem e os poderes que podem exercer. 

Em outras palavras, a autogestão é um modelo que permite uma maior liberdade para poder agir e tomar decisões segundo as regras e diretrizes definidas anteriormente. 

Qual é o objetivo das práticas de autogestão?

As práticas de autogestão servem para implementar comportamentos, valores e diretrizes para a organização. O objetivo delas é promover um ambiente de maior colaboração e, principalmente, autonomia dos trabalhadores.

Veja abaixo alguns dos objetivos das práticas de autogestão!

Promover a autonomia

Um ponto positivo das práticas de autogestão é o poder que elas têm de fazer os indivíduos de uma empresa ter mais responsabilidade e controle em relação ao seu trabalho. Ao promover a autonomia, as pessoas se sentem mais livres para encontrar as melhores soluções para o que precisam. 

Aumentar a motivação

Outro benefício das práticas de autogestão é que elas têm um papel fundamental na motivação dos trabalhadores. Isso porque, ao terem maior liberdade e sentirem que têm um propósito , as pessoas se sentem mais motivadas em realizar suas funções. 

Nesse sentido, as práticas de autogestão assumem um papel importante, pois valida as ações e opiniões dos indivíduos, incentivando-os ainda mais a se empenharem. 

Contribuir para a democracia em uma empresa

Por fim, as práticas de autogestão valorizam muito o compartilhamento de ideias para que a equipe chegue a um consenso. Sendo assim, ela faz com que as pessoas aprendam a dar espaço para todos falarem.

Afinal, todos precisam estar abertos a opiniões diferentes, de modo a pensar no que é melhor para o grupo, e não apenas para si. 

O objetivo é promover um ambiente igualitário e democrático, tirando o foco do poder de apenas um líder absoluto. 

Quais são as vantagens de adotar boas práticas de autogestão?

As práticas de autogestão exigem um trabalho conjunto de toda a equipe, dando relevância a todos em uma organização. Quando elas são bem planejadas, podem resultar em muitas vantagens.

Veja abaixo alguns benefícios delas!

Melhora na criatividade

Em uma empresa muito hierarquizada, onde todas as decisões devem passar pelo crivo de um líder, as pessoas tendem a ficar mais acomodadas. Isso resulta em dependência e traz riscos como a insegurança e a falta de criatividade.

Por outro lado, quando as decisões são feitas por cada profissional, é possível ver um aumento na criatividade. 

Ou seja, mesmo que haja certos padrões que devem ser seguidos, os colaboradores podem encontrar maneiras diferenciadas de tratar cada um dos problemas, o que é impossível em uma estrutura mais rígida. 

Aumenta a agilidade diária

Em escritórios de advocacia com estruturas rígidas e centralizadas, as decisões dependem de um superior, o que torna o processo de tomada de decisões mais demorado e moroso. Como resultado, a agilidade da companhia não é satisfatória. 

Por outro lado, o escritório que adota as práticas de autogestão tem um trabalho mais fluido, eficiente e ágil. 

O motivo é que, quando os profissionais podem decidir por conta própria, sem precisar recorrer aos seus superiores para obter orientações, tudo pode ser realizado com fluidez. 

Além de evitar que o superior fique sobrecarregado, isso impede que uma tarefa leve dias ou semanas para ser finalizada. 

Melhora o relacionamento entre os indivíduos

Outro benefício das práticas de autogestão é a melhora que elas trazem nos relacionamentos entre as pessoas de uma equipe. Inclusive, esse aprimoramento ocorre tanto entre os colegas de trabalho quanto com os clientes

Isso porque a autogestão exige uma maior responsabilidade individual de cada colaborador, evitando o repasse de obrigações para outro profissional.

Sendo assim, quando as práticas de autogestão são estimuladas, as relações entre as pessoas são fortalecidas. Os profissionais aprendem a prestar melhores serviços e adquirem conhecimentos para trabalhar em equipe. 

Quais são as desvantagens da autogestão?

Por outro lado, as práticas de autogestão tem uma desvantagem, que é a transição para esse modelo, que não é nada simples.

Falando especificamente de escritórios de advocacia, grande parte desses negócios possuem uma gestão vertical e bastante hierarquizada, na qual os profissionais precisam falar com o líder para tomar qualquer decisão. 

Sendo assim, a transição pode ser difícil no início, visto que os advogados e outros trabalhadores podem estar muito acostumados a operar sempre com o aval de um superior.

Logo, não basta apenas realizar a transição para um modelo de autogestão. É fundamental que haja treinamento de todos para que isso seja feito e traga resultados. 

Como implementar as práticas de autogestão no escritório de advocacia?

Implementar as práticas de autogestão em um escritório de advocacia não se trata apenas de empoderar os colaboradores e dar-lhes autonomia. 

Dependendo do tamanho da organização, esse processo pode ser ainda mais complexo. Isso significa que quanto menos trabalhadores o seu escritório possui, mais fácil poderá ser a adoção das práticas de autogestão. Caso contrário, é preciso um bom planejamento para isso. 

Veja abaixo o que pode ser feito para adotar as práticas de autogestão no seu escritório!

Estude sobre o tema

O gestor ou líder do escritório deve aprender sobre esse tema, ver como aplicá-lo e depois, experimentá-lo com algum setor. Para isso, é possível procurar e estudar casos concretos de empresas, inclusive de outros nichos, para entender como elas aplicaram as práticas de autogestão. 

Envolva a todos

O passo seguinte é envolver as outras pessoas do escritório. Falar abertamente sobre a ideia e buscar treinamentos e workshops para o aprimoramento do grupo é essencial. 

Outra ideia é conversar com consultores especializados nesse tema para que a implementação ocorra de maneira efetiva. 

Estruture a nova cultura

Outra etapa da implementação das práticas de autogestão envolve estruturar os hábitos, práticas e a cultura que deve ser seguida no escritório. Essa mudança pode ocorrer lentamente, exigindo adaptação e esforço de todos. 

Assim sendo, depois de um tempo, essa nova cultura e os novos hábitos são incorporados naturalmente no escritório. 

Convite: confira a nossa live sobre boas práticas de autogestão para melhores resultados!

Toda quarta-feira, a ADVBOX realiza lives com especialistas para conversar sobre diversos temas fundamentais para advogados.

A live dessa semana no #FomedeSaber foi sobre boas práticas de autogestão para melhores resultados. Confira o que conversamos sobre o assunto e tenha informações ricas para poder aplicar no seu escritório de advocacia!

Adotar práticas de autogestão pode ser muito vantajoso para o seu escritório de advocacia, pois elas permitem que seus colaboradores tenham uma maior autonomia, agilidade na resolução de problemas e eficiência no trabalho.

Isso é muito positivo para todos, pois aumenta a produtividade e a colaboração. Portanto, aprofunde-se sobre esse tema e aplique-as o quanto antes! 

Aproveite e leia o próximo artigo: Gestão de equipes e produtividade – entenda a relação!

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Autor
Foto - Eduardo Koetz
Eduardo Koetz

Eduardo Koetz é advogado, escritor, sócio e fundador da Koetz Advocacia e CEO da empresa de software jurídico Advbox.

Possui bacharel em Direito pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos). Possui tanto registros na Ordem dos Advogados do Brasil - OAB (OAB/SC 42.934, OAB/RS 73.409, OAB/PR 72.951, OAB/SP 435.266, OAB/MG 204.531, OAB/MG 204.531), como na Ordem dos Advogados de Portugal - OA ( OA/Portugal 69.512L).
É pós-graduado em Direito do Trabalho pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2011- 2012) e em Direito Tributário pela Escola Superior da Magistratura Federal ESMAFE (2013 - 2014).

Atua como um dos principais gestores da Koetz Advocacia realizando a supervisão e liderança em todos os setores do escritório. Em 2021, Eduardo publicou o livro intitulado: Otimizado - O escritório como empresa escalável pela editora Viseu.

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