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Direito

Compliance: o que é, quais os tipos, importância e pilares

Compliance: o que é, quais os tipos, importância e pilares 

Estar em conformidade com várias regras relativas a uma organização é o objetivo principal do compliance. Derivado do inglês to comply (cumprir) a ferramenta é fundamental, pois quem a adota, garante uma reputação positiva perante seus públicos internos e externos.

Assim, adotar o compliance trabalhista e ambiental, por exemplo, significa que a empresa opera de forma legal, ética e transparente nestes segmentos.

Desta forma, este conteúdo vai te mostrar:

  • Qual é a definição de compliance?
  • Quais são os tipos de compliance?
  • Qual é a importância do compliance?
  • O que é um compliance em uma empresa?
  • Quais são os 3 pilares do compliance?
  • Qual é a relação entre compliance e LGPD?
  • Quem é o responsável por aplicar o sistema de compliance?
  • Como implementar o compliance?

Continue a leitura deste artigo e saiba mais o que é, a importância, os tipos e como implantar o compliance.

Qual é a definição de compliance?

Compliance significa que uma organização cumpre e faz cumprir leis, regulamentos e normas internas e externas que se aplicam a ela, por meio de práticas e procedimentos.

Como resultado, ela conquista a confiança do público em geral e garante uma conformidade em suas operações, evitando sanções legais e econômicas.

Origem do compliance

O termo compliance se origina do inglês to comply, o que significa “cumprir”. Nesse contexto, também significa “estar em conformidade”. 

Quais são os tipos de compliance?

Os tipos de conformidades principais são: empresarial, trabalhista, tributário, financeiro, ambiental, criminal e responsabilidade social.

Veja em detalhes cada tipo:

Compliance empresarial

A conformidade empresarial envolve as regras e leis internas e externas que regulam a atividade organizacional em geral.

Como exemplo, tem-se o  controle de qualidade e a responsabilidade social.

Compliance trabalhista

O compliance  trabalhista garante a conformidade junto às leis e normas trabalhistas.

Assim, envolve, por exemplo, questões de Saúde e Segurança no Trabalho, como a adoção das NRs (Normas Regulamentadoras).

Compliance tributário

Compliance fundamental para a sobrevivência do negócio, o tributário cuida da conformidade com as obrigações tributárias. Entre elas está o recolhimento de impostos.

Compliance financeiro

A conformidade financeira é o conjunto de políticas que uma organização adota para garantir a conformidade com as leis e normas da área financeira.

Consequentemente, tem-se a prevenção de riscos, como fraudes, e a transparência na prestação de contas.

Compliance ambiental

Um dos compliances mais importantes da atualidade, ele garante que a organização cumpra leis, normas e regulamentos ambientais.

Com isso, evita sanções e promove uma imagem sustentável perante os públicos internos e externos.

Compliance criminal

Medidas adotadas por uma organização para evitar a prática de crimes e cumprir a legislação penal caracteriza a conformidade criminal. 

Nesse contexto, ele estabelece políticas internas para prevenir a corrupção e lavagem de dinheiro e as fraudes, entre outras atividades ilícitas. 

Compliance em responsabilidade social

Outra conformidade muito importante, ele promove a ética e a sustentabilidade do negócio junto à sociedade, meio ambiente e os stakeholders.

Assim, foca em assuntos como direitos humanos, relações de trabalho e desenvolvimento social.

Qual é a importância do compliance?

A importância do compliance reside no fortalecimento da reputação da organização interna e externa para evitar o bloqueio das sanções legais e econômicas, garantindo a sustentabilidade do negócio.

Em suma, além de fortalecer a imagem e aumentar a confiança, ele se destaca por reduzir riscos, promover a integridade e contribuir para a competitividade.

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Confira na sequência como ele é importante:

Prevenção a fraudes e corrupção

Ao contribuir para a eficiência das operações, a conformidade torna os processos claros e sólidos, evitando fraudes e práticas inadequadas.

Na sequência, há uma melhor performance e competitividade da organização no mercado.

Garantia de conformidade legal

A conformidade é importante, pois garante que a organização atenda à legislação aplicável ao respectivo negócio.

Sendo assim, torna-se uma referência para a sustentabilidade do negócio. 

Criação de uma cultura ética

A conformidade é um espelho da ética dentro da organização. Ao promover o cumprimento de leis e normas, incentiva também todos os integrantes a evitar condutas irregulares e agir com responsabilidade.

Com isso, cria uma cultura ética dentro dela em que valores e princípios são respeitados e seguidos. 

Proteção da reputação da empresa

Ao exigir que a organização siga normas e valores, a conformidade constrói uma imagem positiva e confiável dela, fortalecendo sua reputação.

Desta forma, ela atrai investimentos, parcerias e aumenta a fidelidade de clientes.

Redução de riscos

A adoção da conformidade, com o devido cumprimento de normas e leis, auxilia na redução de riscos que afetam a organização.

Consequentemente, ele evita multas, sanções, processos judiciais e danos à imagem do negócio.

Fomento da confiança interna e externa

A conformidade promove a confiança interna e externa da organização. Ou seja, a confiança interna se dá no momento em que funcionários presenciam a preocupação e o cumprimento das regras e a adoção de procedimentos éticos pela organização.

Já a confiança externa se dá perante os parceiros, fornecedores e investidores que presenciam a conformidade da organização com as leis e regulamentos. 

Resolução de conflitos

A resolução de conflitos  internos e externos também é um papel importante do compliance. Quanto aos conflitos internos, por exemplo, ele resolve os problemas quanto a código de conduta. 

Por outro lado, quanto aos externos ele contribui para prevenir conflitos com clientes, fornecedores e parceiros por meio de normas e condutas transparentes.

Melhoria da governança corporativa

A conformidade melhora a governança corporativa. Isso quer dizer que ele aprimora o conjunto de regras e processos adotados pela organização.

Assim, garante a ética e transparência na gestão do negócio. 

Preparação para auditorias

O processo de conformidade também é importante para preparar as auditorias, já que ele ajuda a identificar as áreas onde não há conformidade.

Então, a partir desta identificação é possível corrigir as falhas identificadas e reduzir os riscos.

O que é um compliance em uma empresa?

O compliance empresarial é um conjunto de medidas e ações que garantem que ela cumpra leis e regulamentos internos e externos relevantes para todas as suas operações.

Ou seja, é uma estratégia de gestão que diminui riscos financeiros, jurídicos, promove a transparência e fortalece a reputação do negócio.

Quais são os 3 pilares do compliance?

Os três pilares do compliance são: prevenção, detecção e resposta. Veja mais detalhes sobre eles:

  • Prevenção: implementa políticas e treinamentos com seus públicos para evitar as irregularidades e os riscos no cumprimento de normas;
  • Detecção: adota mecanismos para monitorar constantemente possíveis problemas, como por exemplo a transgressão de normas e leis por parte das pessoas envolvidas com a organização;
  • Resposta: Implementa ações corretivas após a identificação de problemas quanto aos desvios relativos aos princípios da instituição, a fim de evitar que se repita. 

Qual é a relação entre compliance e LGPD?

O compliance e a LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados) estão interligados em uma organização. Isso porque a LGPD define regras de proteção de dados pessoais e a conformidade garante que esta regra seja cumprida.

Portanto, para adequar a LGPD em um programa de compliance é necessário, entre diversas ações, mapear e documentar os dados pessoais e elaborar políticas de privacidade e termos de uso.

Quem é o responsável por aplicar o sistema de compliance?

O responsável por aplicar o sistema de compliance em uma organização, geralmente, é o Compliance Officer, ou profissional de conformidade, que gerencia o programa da empresa. Porém, outros departamentos e profissionais também se envolvem nessa atividade.

Veja melhor quem são e o que fazem os responsáveis.

Profissional de compliance

O profissional de compliance implementa, supervisiona e monitora a conformidade da organização com as leis e regulamentações relativas a ela.

Desta forma, a ele cabe criar e implementar códigos de conduta, treinamentos, realizar auditorias de acompanhamento, identificar e mitigar os riscos de compliance.

Por isso, o profissional necessita ter habilidades e competências como análise e avaliação, comunicação e relacionamento  e conhecimento jurídico, 

Advogado de compliance

O advogado de compliance atua tanto na própria aplicação da conformidade como oferece consultoria jurídica e representa a empresa em processos sobre o tema.

Importante destacar que seu papel na assessoria jurídica sobre conformidade é orientar e interpretar sobre as leis e regulamentos aplicáveis. 

Como implementar o compliance?

Para implementar um programa de conformidade, é preciso realizar, primeiro, uma avaliação de riscos. Na sequência, desenvolve-se uma política de regras para a organização, programas de conscientização para o público interno e o estabelecimento de canais de denúncias de irregularidades.

Ademais, a implementação conta com monitoramento e melhoria contínua do cumprimento das regras.

Veja como é o passo a passo para implementar a conformidade:

  • Riscos – Realize uma análise dos riscos identificando os pontos mais irregulares;
  • Políticas – Crie códigos de conduta claros e voltados para a cultura da organização e seu público interno;
  • Conscientização: Desenvolva treinamento e educação sobre a importância do compliance para todos os integrantes da organização;
  • Denúncia – Estabeleça canal de denúncia das irregularidades;
  • Monitoramento: Implemente monitoramento para garantir que a política está sendo seguida e as irregularidades identificadas e tratadas;
  • Melhoria: Avalie o programa de conformidade periodicamente, identificando os pontos de melhoria.

Conclusão

O compliance garante que qualquer organização siga regras e leis internas e externas que se aplicam a ela. Como resultado, ela conquista uma reputação positiva diante dos seus públicos internos e externos.

Além da imagem, a conformidade é importante para evitar penalidades legais e econômicas, garantindo sobrevida ao negócio, para reduzir riscos e para contribuir com a competitividade.

São muitos os tipos de conformidade, desde o empresarial, trabalhista, até os mais atuais como o ambiental. Muito em alta, a LGPD tem no compliance também um aliado, pois é uma maneira de garantir o tratamento ético e seguro de dados pessoais.

A aplicação de conformidade conta com o Compliance Officer, ou profissional de conformidade, que gerencia todo o programa de compliance da empresa. Ademais, o advogado de compliance também aplica tal conformidade, assim como oferece consultoria jurídica e representação processual sobre o tema.

Neste contexto, o profissional deve seguir alguns passos para a implementação como: análise de risco, criação de código de conduta, conscientização sobre a importância do programa e criação de canal de denúncia de irregularidades. Além do monitoramento da conformidade e sua melhoria contínua.

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Autor
Foto - Eduardo Koetz
Eduardo Koetz

Eduardo Koetz é advogado, escritor, sócio e fundador da Koetz Advocacia e CEO da empresa de software jurídico Advbox.

Possui bacharel em Direito pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos). Possui tanto registros na Ordem dos Advogados do Brasil - OAB (OAB/SC 42.934, OAB/RS 73.409, OAB/PR 72.951, OAB/SP 435.266, OAB/MG 204.531, OAB/MG 204.531), como na Ordem dos Advogados de Portugal - OA ( OA/Portugal 69.512L).
É pós-graduado em Direito do Trabalho pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2011- 2012) e em Direito Tributário pela Escola Superior da Magistratura Federal ESMAFE (2013 - 2014).

Atua como um dos principais gestores da Koetz Advocacia realizando a supervisão e liderança em todos os setores do escritório. Em 2021, Eduardo publicou o livro intitulado: Otimizado - O escritório como empresa escalável pela editora Viseu.

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