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Gestão de Equipes e Liderança

Como funciona a gestão jurídica em escritórios digitais?

Gestão jurídica, ela pode não ser o seu foco de estudo aprofundado neste exato momento, mas é tão importante e decisiva que você deveria parar para estudá-la com maior atenção.

Afinal, atingir a eficácia na gestão, seja de processos e tecnologia, seja de pessoas e orçamento, virou algo fundamental para o sucesso de escritórios de advocacia. Imagina, então, em um contexto digital.

É aí que a figura do gestor jurídico ganha destaque como elemento essencial para otimizar e aprimorar as operações legais e, como consequência, os resultados do escritório. 

É por isso que, neste artigo, exploraremos o que faz um gestor jurídico, quanto ele ganha e os passos para se tornar um. Se o tema lhe interessa, aproveite e continue a leitura!

O que é um gestor jurídico?

Imagine que um amigo seu quer ter um escritório de advocacia, mas ele sabe advogar e não conhece os processos de um escritório. Tudo o que ele sabe é em relação à profissão de advogado.

É aí que entra o gestor jurídico: Ele faz a gestão dos procedimentos necessários para realizar as atividades do escritório e mantê-lo funcionando de forma sustentável e lucrativa.

Assim, suas atividades são diversas e podem ir desde a gestão do relacionamento com clientes, passando pela organização de documentos, tarefas e prazos, até o gerenciamento da relação com fornecedores.

Inclusive, ele define metas alinhadas aos objetivos, gerencia os materiais, as pessoas e o orçamento necessário para atingi-las, delega tarefas para os responsáveis e faz o monitoramento de métricas.

O que faz um advogado que atua no direito digital?

O gestor jurídico no digital, principalmente quando entende não só de Direito, mas também de Administração e Tecnologia, pode ser a peça que leva o escritório ao sucesso e o mantém lá.

Afinal, se a satisfação do cliente com o trabalho do escritório é adequada, o gestor coordenará as outras atividades para mantê-lo em crescimento, captando novos clientes e fazendo girar essa engrenagem.

Isso não é fácil se os advogados não sabem gerir o negócio, e/ou se não há um gestor nele. Não estou dizendo que ter esses conhecimentos é obrigatório para todos os profissionais do Direito, mas é uma enorme vantagem.

Então, ele vai aproveitar o benefício de utilizar um bom software jurídico e vai, através disso, integrar todas as atividades, processos e pessoas de cada setor, para aumentar a eficácia e eficiência do negócio.

Entenda melhor abaixo como funciona a gestão de escritórios conforme as peculiaridades de cada modelo de negócio:

Quem pode ser um gestor jurídico?

Esta pode ser uma oportunidade para aplicar seu conhecimento de forma mais ampla, principalmente se você é um advogado experiente que busca uma transição para funções mais administrativas. 

Do mesmo modo, quem tem formação em gestão ou administração e interesse no universo jurídico também pode trilhar esse caminho, sobretudo se adquirir conhecimentos específicos na área.

Mas isso não se restringe apenas aos profissionais do Direito e de Administração: Contadores podem ser ótimos candidatos aos cargos de gestão jurídica.

Lembrando que, independentemente da sua área, ter conhecimentos de liderança e de tecnologia faz toda a diferença nessa profissão.

Como ser gestor jurídico?

O caminho para se tornar um gestor jurídico envolve buscar desenvolvimento contínuo e adquirir experiência prática nas rotinas administrativas de um escritório de advocacia. 

Então, um gestor jurídico precisa:

  • Conhecer, saber como analisar e mapear o mercado, os clientes (público-alvo) e os concorrentes do escritório, até mesmo para definir estratégias de posicionamento e diferenciação na gestão jurídica;
  • Entender por que, como funcionam e como se relacionam as atividades dentro de cada departamento (marketing, financeiro, recursos humanos), do estratégico ao operacional;
  • Definir metas, objetivos e estratégias do negócio e favorecer a definição delas em cada departamento, indo também do estratégico ao operacional;
  • Integrar pessoas, processos e departamentos para que eles funcionem de forma harmônica e coesa, a fim de entregar qualidade, solução de problemas e retorno em tempo hábil aos clientes;
  • Monitorar os indicadores (as métricas) do negócio e dos departamentos, para gerenciar o escritório e corrigir a rota em tempo real se for necessário, a fim de evitar perdas e retrabalho;
  • Estar atento às tendências, mudanças e tecnologias que podem facilitar o trabalho, diminuir os custos e aumentar a produtividade, como a utilização de softwares de gestão jurídica.
controladoria jurídica

Qual é a função de um software de gestão?

Um gestor jurídico não nasce bom, assim como outros profissionais também não o fazem. Então, ele precisa de estudo, prática e ferramentas facilitadoras para se tornar o melhor no que ele faz.

E algo que pode ajudar nesse sentido é o software de gestão jurídica. Afinal, ele permite que o escritório esteja inteiramente em um mesmo programa virtual – como acontece em um escritório digital.

Assim, ele funciona como um guia e, ao mesmo tempo, oferece uma visão panorâmica dos departamentos, das atividades, dos prazos, assim como de funcionários, clientes e fornecedores do negócio jurídico.

Aproveite e entenda melhor neste link como funciona e de que maneira o software ADVBOX pode te ajudar.

O que faz um gestor de serviços jurídicos?

As responsabilidades de um gestor jurídico abrangem desde questões administrativas até a implementação de estratégias para o crescimento do escritório. 

Nesse sentido, entre suas funções, se destacam:

  • Coordenação da equipe;
  • Gestão dos processos;
  • Planejamento estratégico, tático e operacional;
  • Relações com clientes;
  • Comunicação;
  • Análise de indicadores;
  • Mapeamento do mercado;
  • Atualização tecnológica.

1. Coordenação da equipe

No papel de coordenador de equipe, a responsabilidade vai além da supervisão. 

O profissional não apenas monitora as atividades da equipe de advogados e funcionários administrativos, mas também orienta estrategicamente para garantir uma colaboração eficiente. 

Assim, ao fomentar um ambiente de trabalho coeso, o coordenador promove a sinergia entre os membros, potencializando os resultados e fortalecendo a unidade do grupo.

2. Gestão dos processos

A gestão de processos é exatamente o que está por trás da eficiência operacional. 

E envolve o desenvolvimento e implementação de procedimentos operacionais eficazes que não só organizam as tarefas diárias, como também garantem que os fluxos de trabalho sejam eficientes. 

Nesse sentido, o gestor de processos busca constantemente maneiras de otimizar as operações, promovendo uma abordagem sistemática que resulta em eficiência máxima.

3. Planejamento estratégico, tático e operacional

Indo além do simples planejamento, o estrategista jurídico colabora ativamente na definição de metas e objetivos do escritório. 

Inclusive, ele também busca oportunidades para otimização e expansão, antecipando desafios e criando estratégias proativas. 

Dessa forma, esse papel estratégico direciona as ações presentes e posiciona o escritório para um crescimento sustentável no futuro.

4. Relações com clientes

A gestão das relações com clientes se concentra em manter vínculos sólidos. 

Então, o gestor não só busca a satisfação imediata, como também constrói relacionamentos que fomentam a fidelidade à firma. 

Assim, por meio de uma comunicação eficaz, compreensão das necessidades e proatividade na resolução de problemas, a gestão de clientes cria uma base sólida para o sucesso contínuo do escritório.

5. Comunicação

A comunicação é tão importante que precisa ser citada em um item separado.

Afinal, o gestor precisa integrar a equipe, fazendo bom uso de suas habilidades de liderar, conectar e inspirar o time a se unir e vestir a camisa do escritório.

Inclusive, ele precisa saber delegar tarefas como um líder e cobrar como tal, diferentemente de como faz o chefe. 

Então, ter uma boa oratória – se comunicando de forma eficaz e ressaltando suas qualidades conforme os objetivos do negócio – são tarefas importantes do gestor jurídico.

6. Análise de indicadores

Cada departamento (marketing, financeiro, recursos humanos) e cada nível organizacional (estratégico, tático e operacional) tem seus indicadores.

E é papel do gestor jurídico, além de definir objetivos, metas e estratégias para chegar aos objetivos, definir e analisar os indicadores de desempenho.

Assim, ele pode avaliar como estão as atividades, desde as ações do dia a dia até a execução das táticas e das estratégias – se estão caminhando rumo à conclusão dos objetivos do negócio.

Em caso negativo, ele corrige a rota e continua avaliando – o que evita o desperdício de dinheiro, tempo, energia e até reputação, e mantém o escritório na rota de crescimento.

7. Mapeamento do mercado

Mapear e analisar o mercado, os clientes (público-alvo) e os concorrentes do escritório, até mesmo para definir estratégias de posicionamento e diferenciação, também é tarefa do gestor.

Imagine que um potencial cliente procura um escritório em um nicho específico: Se o seu escritório se posiciona e é visto como especialista nessa área, a chance é maior de um contato dele.

Mas não se trata apenas disso. Também é sobre o valor percebido pelo cliente, a imagem e a reputação da empresa – e o quanto ela vale aos olhos do mercado.

8. Atualização tecnológica

Na era digital, a atualização tecnológica vai além da simples adoção de novas ferramentas. 

Ela envolve uma avaliação estratégica das tecnologias disponíveis, com foco na implementação de soluções que aprimoram a eficiência operacional. 

E isso inclui a integração de um software jurídico digital, cujos benefícios contribuem para uma posição competitiva no cenário jurídico atual.

Qual o salário de um gestor jurídico?

A remuneração de um gestor jurídico varia dependendo de alguns fatores, como: Tamanho, reputação, nicho de mercado e localização do escritório; grau de especialização e experiência do profissional. 

No entanto, um gestor jurídico pode esperar ganhos financeiros que vão de R$ 3.000,00 a R$ 9.000,00 em média, segundo informações atualizadas do site Glassdoor.

Essa compensação reflete a responsabilidade significativa e a natureza estratégica de sua posição.

Que habilidades um advogado do futuro deve ter?

Em um cenário cada vez mais digitalizado e competitivo, a gestão jurídica eficaz é um diferencial para o sucesso de advogados e escritórios de advocacia. 

E o gestor, com sua capacidade de integrar conhecimento a habilidades de gestão jurídica, desempenha um papel decisivo na otimização das operações e no alcance das metas estratégicas.

Nesse contexto, investir no desenvolvimento de gestores jurídicos e na implementação de tecnologias, como o escritório digital, é um passo fundamental para enfrentar os desafios do futuro. 

Assim, os profissionais do direito garantem a eficiência operacional e fortalecem sua posição no mercado competitivo de hoje.

Este conteúdo te ajudou? Aproveite e leia os próximos artigos!

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Autor
Foto - Eduardo Koetz
Eduardo Koetz

Eduardo Koetz é advogado, escritor, sócio e fundador da Koetz Advocacia e CEO da empresa de software jurídico Advbox.

Possui bacharel em Direito pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos). Possui tanto registros na Ordem dos Advogados do Brasil - OAB (OAB/SC 42.934, OAB/RS 73.409, OAB/PR 72.951, OAB/SP 435.266, OAB/MG 204.531, OAB/MG 204.531), como na Ordem dos Advogados de Portugal - OA ( OA/Portugal 69.512L).
É pós-graduado em Direito do Trabalho pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2011- 2012) e em Direito Tributário pela Escola Superior da Magistratura Federal ESMAFE (2013 - 2014).

Atua como um dos principais gestores da Koetz Advocacia realizando a supervisão e liderança em todos os setores do escritório. Em 2021, Eduardo publicou o livro intitulado: Otimizado - O escritório como empresa escalável pela editora Viseu.

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