Como o google effect vem afetando o cérebro humano e como advogados devem lidar com ele para viver melhor.
A memória não é mais interna
Google effect é um termo utilizado por pesquisadores para se referir a um fenômeno de impacto da tecnologia nos nossos sistemas neurais.
Google effect é a mudança da necessidade da memorização de uma informação para a memória de onde encontrar a informação.
E apesar do nome condenar o google por essa nova realidade, o fenômemo começou muito antes, se popularizando mesmo com a criação da lista de contatos do celular.
Você pode até lembrar de números de telefone que precisava na adolescência, mas não tinha celular, e após adquirir um aparelho é provável que recorde de no máximo cinco números. Ou nem isso.
Hoje em dia, a palavra memória já tomou um significado totalmente diferente do que a 20 anos atrás. Se fizermos uma busca no Google, a maioria das pesquisas se referem a memória ram, cartões de memória e memória de smartphones.
Mecanismo de economia de energia cerebral e de memória
Não estamos ficando burros ou sofrendo de Alzheimer, mas se trata de um mecanismo do cérebro para economizar energia.
Não é difícil entender. Se você tem um único compromisso para a semana vai se lembrar, mas se são vários, é melhor anotar na agenda.
Diante do grande volume de informações, o cérebro priorizará o mecanismo que dá acesso a elas. No caso, te lembrará de consultar a agenda. É o mesmo mecanismo do Google effect.
Assim, a memória de curto prazo fica livre para outros afazeres.
Como aproveitar o Google Effect na sua Advocacia
Existem várias análises e polêmicas sobre o tema, mas aqui vamos focar no lado positivo e como potencializar sua capacidade intelectual e melhorar a sua memória com o Google Effect.
Comece separando o que é mais relevante para o trabalho jurídico complexo, pois este é o que irá valorizar seus honorários.
Não adianta nada ter todos os nomes e telefones da sua agenda memorizados e não acompanhar mudanças legislativas e jurisprudenciais da sua área.
Encontre um local seguro e de confiança para a guarda das informações e dados da sua advocacia, em relação a todos os clientes, contatos, processos, prazos, controle financeiro e agenda.
A confiança é um fator importante para tranquilidade do seu subconsciente, pois o mecanismo funciona melhor porque confiamos no Google. Guardar informações relevantes em um local inseguro pode gerar estresse e ansiedade.
Por fim, intensifique ao máximo a transferência de informações e dados de forma sistemática e organizada para este local protegido, liberando o máximo da potencia cerebral para focar no jurídico.
Dados estruturados e facilidade de busca da informação
Para aproveitar o google effect na sua advocacia é preciso priorizar a organização dos dados. A matéria prima da advocacia são dados extraídos dos clientes e armazenados pelo escritório em volumes crescentes.
Cada caso guarda um volume grande de informações, e quando iniciamos a advogar temos espaço para memorizar.
É comum advogados manterem a memória de alguns dos primeiros casos de anos atrás, mas esquecerem completamente de casos que atuaram há alguns meses.
Estruturar dados de clientes e processos de forma conexa e manter uma comunicação com a equipe jurídica vinculada a estes processos potencializa o Google Effect.
É preciso ter um sistema de busca no seu software jurídico que comporte milhares de casos ativos ou arquivados, e que você mesmo ou qualquer pessoa nova no escritório consiga acessar após aprender a forma de busca.
É por este motivo por exemplo que na ADVBOX não é permitido que sejam atribuídas tarefas sem vínculo a pessoas e processos. Pois se fossem permitidas “tarefas soltas”, a confiança no sistema de busca e armazenamento da informação estaria comprometido.
Exo-neocortéx e Google Effect
Estudiosos afirmam que o google effect é um início da expansão cerebral para além do cérebro físico.
Enquanto Elon Musk desenvolve chips para conexão cerebral, muitos especialistas afirmam que não há necessidade.
O cérebro se comunica com a realidade e é capaz de transferir informações, o que nós ainda não conseguimos captar estas informações plenamente.
Que o pensamento tem poder é fato, nós apenas não encontramos a tecnologia para medirmos e decodificamos diretamente.