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Produtos digitais na advocacia: veja como criá-los!

Criar produtos digitais pode trazer diversas vantagens para o seu escritório de advocacia. Se você pensa que advogados devem viver apenas da prestação de serviços jurídicos, está enganado. É possível também vender produtos para os clientes. 

Mesmo que a sua advocacia seja o seu principal meio de obter ganhos financeiros, criar produtos pode ser um complemento e até lhe ajudar a trazer mais clientes para o escritório.

Por isso, esse artigo é imperdível e lhe ajudará a entender as vantagens de criar um produto digital na advocacia e como fazer isso na prática. Confira!

O que são produtos digitais?

Os infoprodutos, conhecidos popularmente como produtos digitais, são, como o próprio nome demonstra, produtos que são criados e vendidos na internet. Em outras palavras, são criados em formatos digitais e comercializados pela internet. Desse modo, o usuário adquire e consome o seu conteúdo pelo computador. 

Isso significa que o formato dele não é físico, como um livro, um DVD ou outro objeto. O seu formato é inteiramente virtual, como um curso online e um ebook (livro digital).

Engana-se quem pensa que as pessoas possuem receio em adquirir produtos dessa natureza. O mercado de infoprodutos cresceu muito nos últimos anos, com tendência de crescer ainda mais. 

Existem diversas vantagens em criar um produto digital. Para os consumidores, eles podem ter um custo mais acessível do que os produtos físicos, além de serem de fácil acesso e consumo.

Isso porque, ao adquirí-los, o consumidor já consegue ter acesso ao seu conteúdo rapidamente. 

Muitos advogados já criam infoprodutos, seja para destiná-los a outros advogados e até para a persona do escritório, contribuindo para trazer clientes mais educados sobre o problema que possuem, por exemplo. 

Por que criar produtos digitais?

Você não precisa se restringir somente aos infoprodutos. Se o seu desejo é ter um produto físico, como um livro, é possível procurar alguma editora que o publique. 

Muitas editoras publicam livros jurídicos escritos por especialistas, mas com o objetivo de vender para outros profissionais. Por isso, se o seu intuito é publicar uma obra voltada para os clientes do seu escritório, teria que procurar alguma editora que possibilitasse isso.

Contudo, a criação de produtos digitais, bem como a sua comercialização, é muito mais acessível. Em comparação com um livro físico, um ebook não tem limite de vendas, visto que não é impresso. Desse modo, ele pode ser vendido inúmeras vezes, sendo escalável. 

Além disso, o preço pode ser menor e você pode publicá-lo rapidamente em alguma plataforma para comercializá-lo, sem depender de editoras.

Por isso, os infoprodutos são mais simples para criar, divulgar e vender. Produtos em formato digital já são amplamente consumidos, fazendo com que não seja um problema vendê-lo no mercado. 

É possível vender produtos para clientes?

Os advogados prestam serviços jurídicos e isso todos já sabem. Mas, e quanto à venda de produtos? Será que existe alguma previsão proibindo isso?

Não existe vedação sobre venda de produtos para os clientes. Contudo, é interessante se atentar ao que a OAB diz em relação às regras de publicidade. 

Um produto digital pode ser utilizado, mesmo que de forma indireta, como uma maneira de marketing para atrair clientes e aumentar a visibilidade do seu escritório. 

Você pode criar infoprodutos educativos para comercializar. Da mesma forma que advogados colocam artigos completos no blog dos seus escritórios ou no Jusbrasil, eles podem se aprofundar no tema e criar algo mais completo para vender ao público final.

Contudo, lembre-se de não mercantilizar. O produto não pode ser feito para se autopromover, somente para educar. 

Inclusive, essa pode ser uma próxima etapa para aqueles que já aplicam o marketing de conteúdo no escritório.  

Para entender melhor sobre as novas diretrizes de como fazer publicidade na advocacia, você pode assistir a live do #FomedeSaber sobre este tema!

Quais são as vantagens de criar infoprodutos?

Diversos são os benefícios em criar infoprodutos. Confira alguns abaixo para compreender melhor como essa estratégia pode ser vantajosa para você e seu escritório.

Renda extra para o escritório

A primeira vantagem está exatamente no fato de o infoproduto poder se tornar uma fonte de renda extra para o escritório. Dessa forma, é possível variar as entradas de caixa e melhorar o fluxo financeiro do escritório.

Inclusive, uma estratégia inteligente pode fazer o seu produto digital ter vendas consideráveis e dar um lucro interessante.

Aumenta a autoridade do profissional

A autoridade não se baseia na sua formação, especializações e diplomas. Pelo contrário, ela é a percepção que o público tem de você. 

Um infoproduto rico em informações pode auxiliar nessa percepção de autoridade e até aumentá-la. Ademais, por ter o seu nome no produto, pode ser que contribua para o marketing do escritório, trazendo mais clientes. 

Educa o público

O marketing de conteúdo é a estratégia mais utilizada por empresas que desejam ter visibilidade na internet e atrair clientes. O objetivo é justamente entregar conteúdos que eduquem ou resolvam alguma dúvida que o internauta possui. 

Da mesma forma que artigos ou vídeos explicativos têm esse objetivo, o seu infoproduto também deve ter. Nesse sentido, é possível deixar os seus possíveis clientes mais educados em relação ao problema deles e as soluções que existem. 

Assim, esse público que consumiu o seu infoproduto pode lhe procurar já ciente do que precisa.

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Fácil consumo e acesso

Os infoprodutos são mais fáceis de vender, bem como são facilmente consumidos e acessados pelos compradores. Isso porque o preço pode ser menor, se comparado com uma versão física. Ademais, a compra costuma ser mais rápida, bem como a entrega, que pode ser poucos minutos depois da confirmação de pagamento.

Desse modo, os usuários podem acessar o produto sempre que desejarem no login da plataforma onde ele estiver hospedado ou no computador.

Escalabilidade

Produtos digitais são escaláveis. Isso significa que você pode vendê-los de forma ilimitada, visto que não existe problema com estoques. 

Imagine você escrever um livro físico e colocar para vender. É preciso ter atenção ao estoque e a quantidade de impressões que são feitas. 

Ou então, fazer uma mentoria ou curso presencial. Nesse caso, você não tem como vendê-la inúmeras vezes, porque o seu horário é limitado e você é apenas uma pessoa só que não pode estar em diversos lugares ao mesmo tempo. 

Esse problema de limitação somente existe nos produtos físicos. Ao criar um infoproduto, ele pode ser vendido inúmeras vezes. 

Veja também: 

Contribui para o seu crescimento pessoal

Aprender a fazer um produto digital pode ser muito interessante, visto que poderá utilizar o conhecimento adquirido para criar outros, caso gostar da ideia. 

Criar um infoproduto demanda tempo e estudo. Ao finalizá-lo, você pode ter aprendido muito mais sobre a sua matéria do que em uma simples leitura, por exemplo. 

Renda passiva

Por fim, os infoprodutos podem se tornar uma fonte de renda passiva, que é aquela que lhe gera renda mesmo que você não trabalhe. O trabalho inicial de criá-lo pode ser compensado com a venda recorrente ao longo do tempo.

Enquanto que os advogados prestam serviços, que são fontes de renda que exigem tempo e um trabalho específico, esses infoprodutos podem lhe trazer recursos financeiros que podem ser utilizados para investir no crescimento do seu escritório sem demandar muito do lucro dos serviços.

Para quem os advogados podem criar produtos digitais?

Os advogados podem criar produtos para dois públicos: profissionais da mesma área e para o público que atende no escritório.

Existem exemplos de especialistas no mercado que criam infoprodutos para seus colegas de profissão para ensinar sobre um determinado assunto que domina. Ou então, advogados que vendem produtos digitais para ensinar temas importantes para a advocacia, como marketing e controladoria jurídica, por exemplo. 

Esse é o mais comum de encontrar. Contudo, é possível criar algo que eduque o público em geral. Por exemplo, um advogado de Direito de Família pode criar um ebook explicando a fundo como funciona a sucessão e a partilha de herança.

Ou então, um escritório de direito empresarial pode criar uma planilha para empresas que auxilia no controle das finanças ou um kit para auxiliar novos negócios a se regularizarem.

Um terceiro exemplo seria um advogado especialista em Direito Migratório criar um curso que ensina aos estrangeiros residentes a como manter a regularização no país e solicitar a naturalização brasileira.

As possibilidades são infinitas. Cabe a você analisar a sua área e encontrar um tema que possa ser interessante e tenha demanda entre o seu público-alvo. 

Quais são os tipos de produtos digitais que os advogados podem criar?

Existem uma variedade de produtos digitais. Os formatos mais conhecidos são o ebook e o curso online. Contudo, é possível criar também, por exemplo, cursos em áudio, e-magazines (revistas virtuais), kits, planilhas, audiobooks, dentre outros.

Alguns demandam mais tempo de produção e equipamentos, como os cursos online. Por outro lado, existem os infoprodutos mais simples de serem produzidos, como os ebooks. Devido ao trabalho exigido em cada um, os cursos costumam ser mais caros do que os ebooks.

Como criar um produto digital? Veja um passo a passo simples!

Veja abaixo um simples passo a passo para criar produtos digitais na advocacia!

1.Escolha o tema

O primeiro passo é definir os temas que você domina. Anote todos que podem ser interessantes e úteis para a persona que você tem em mente, seja o cliente do seu escritório ou o seu colega de profissão.

2.Pesquise o mercado

Após selecionar os temas que você domina e que podem ser interessantes para a persona definida, o próximo passo é fazer uma pesquisa de mercado para entender se o tema tem um bom volume de buscas e se tem outros produtos que desenvolvem o mesmo assunto. 

Essa pesquisa lhe ajudará a entender quais temas podem valer a pena e quais não. 

3.Defina o melhor formato

Verifique as preferências da persona, qual é a melhor maneira de divulgar o conteúdo e decida qual é o melhor formato para o seu produto digital. Se o seu público prefere ler, um ebook pode ser interessante. 

Por outro lado, se o seu público tem o tempo mais comprometido, um audiobook ou um ebook mais curto e direto ao ponto pode ser o ideal. Ou então, caso o seu público não goste de ler, um curso simples pode ser a solução.

4.Crie o conteúdo

Anote todos os tópicos e assuntos que são importantes para o infoproduto. Isso lhe ajudará a se organizar no momento de criar o roteiro do que fazer e a elaborá-lo no final.

Jamais inicie a produção do seu produto digital sem ter tudo esquematizado antes! Caso contrário, seu produto pode ficar bagunçado e você perder tempo tentando organizá-lo. 

5.Hospede em uma plataforma

Por fim, escolha uma plataforma para hospedar o seu produto digital. As mais conhecidas são: Hotmart, Monetizze e Eduzz, mas podem existir outras. Quem escreve ebooks pode colocá-los na Amazon ou no Wattpad. 

Estratégia de vendas: mescle produtos e serviços na sua advocacia!

Se o seu desejo é vender produtos digitais para o público do seu escritório, você pode criá-los com o intuito de atrair pessoas que precisem dos seus serviços ou estejam interessadas neles. Nessa hipótese, um produto simples de ticket baixo pode ser interessante.

Outra possibilidade seria oferecer o produto como um “upgrade” de algum serviço oferecido. Por exemplo, além de uma consultoria jurídica para uma empresa, você pode oferecer no final um produto completo que explica de forma aprofundada algo importante para ela. Nesse caso, o produto poderia ter um ticket alto, como uma mentoria online.

Por outro lado, se o seu desejo é apenas vender infoprodutos com o objetivo de educar, mas sem que isso seja atrelado ao seu escritório, você pode oferecê-los nas plataformas como as citadas anteriormente sem mencionar ou colocar os dados de contato da advocacia.

Lembre-se de montar uma estratégia e saber o seu objetivo com o produto digital. Ele pode ser apenas para educar, para atrair clientes ou oferecer uma solução completa e aprofundada de algum serviço oferecido, dentre outros.

Bônus: Assista ao vídeo da ADVBOX sobre escalabilidade na advocacia!

Nesse artigo, foi citado sobre escalabilidade, pois os infoprodutos podem ser escaláveis. Contudo, existem maneiras de escalar o seu escritório de advocacia sem ter o trabalho de produzir esses produtos.

Veja no vídeo abaixo como você pode fazê-lo crescer de forma inteligente!

Criar produtos digitais na advocacia é apenas uma estratégia que pode auxiliar a crescer o escritório, atrair mais clientes e gerar renda extra para o negócio. Se você gostou dessa ideia e percebeu que existem vantagens em criá-los, siga as dicas do artigo e coloque a mão na massa!

A ADVBOX possui diversos conteúdos que ajudam advogados a melhorarem os seus conhecimentos diariamente. Aproveite e veja agora 6 vantagens que você alcança ao fazer um planejamento financeiro!

Autor
Foto - Eduardo Koetz
Eduardo Koetz

Eduardo Koetz é advogado, escritor, sócio e fundador da Koetz Advocacia e CEO da empresa de software jurídico Advbox.

Possui bacharel em Direito pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos). Possui tanto registros na Ordem dos Advogados do Brasil - OAB (OAB/SC 42.934, OAB/RS 73.409, OAB/PR 72.951, OAB/SP 435.266, OAB/MG 204.531, OAB/MG 204.531), como na Ordem dos Advogados de Portugal - OA ( OA/Portugal 69.512L).
É pós-graduado em Direito do Trabalho pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2011- 2012) e em Direito Tributário pela Escola Superior da Magistratura Federal ESMAFE (2013 - 2014).

Atua como um dos principais gestores da Koetz Advocacia realizando a supervisão e liderança em todos os setores do escritório. Em 2021, Eduardo publicou o livro intitulado: Otimizado - O escritório como empresa escalável pela editora Viseu.