Prospecção clientes advocacia: é proibido?
Setor Comercial

Prospecção clientes advocacia: é proibido?

Abrir o próprio escritório é o sonho de vários profissionais aptos que atuam no mundo jurídico. Contudo, a prospecção clientes advocacia pode ser um desafio.

Afinal, além de abrir o escritório, é preciso contar com boa demanda. No entanto, para que isso aconteça, é necessário criar iniciativas para prospectar clientes.

Mas, afinal, o que significa a prospecção clientes advocacia? Esse processo é, de fato, legítimo, de acordo com o Código de Ética da profissão e da OAB?

Esses questionamentos são comuns e, por isso, serão respondidos ao longo deste artigo. Se você deseja ficar por dentro desse assunto, então, peço que acompanhe a leitura até o fim!

O que é prospecção na advocacia?

A prospecção de clientes se refere ao processo de buscar clientes em potencial.

Tendo em vista esse conceito, pode-se dizer que a prospecção clientes advocacia significa ao processo de encontro que um escritório jurídico deve ter para captar novos clientes.

Por meio dele, é possível começar, bem como fortalecer, um relacionamento comercial e fechar contratos.

Essa etapa é fundamental para um escritório. Isso porque, por meio da prospecção de clientes, o escritório pode identificar e encontrar o público com o qual deseja atuar. Tal processo pode acontecer de duas maneiras: ativa e passiva.

Quais são os tipos de prospecção?

As prospecções ativa e passiva de clientes acontecem de forma diferente.

Na ativa, o advogado ou escritório é o responsável por iniciar o contato com o visitante, possível cliente. Isso, significa que a solicitação do contato ou fornecimento de dados não provém do lead.

A maneira passiva na prospecção clientes advocacia refere-se ao interesse do possível cliente.

Levando essa informação em consideração, o lead busca contatar o advogado ou o escritório e, assim, caso tenha desejo, fornecer dados pessoais. Dessa forma, o interesse do lead é orgânico.

Ainda que as duas maneiras contem com os mesmos sujeitos, a postura deles costuma ser distinta. Sendo assim, as vantagens e desvantagens desses processos também são diferentes.

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1. Vantagens e desvantagens da prospecção ativa

A forma ativa da prospecção clientes advocacia é, ainda hoje, uma das melhores alternativas. Como o processo advém do escritório, é possível perceber vantagens imediatas durante a ação, como:

  • Maior agilidade em relação ao retorno dos investimentos;
  • Maior controle, por parte do escritório e membros dele, de quem é um bom lead.

Além disso, também podemos afirmar que, na prospecção ativa, como há maior controle por parte do escritório, há maior acertos no processo. Isso também evita que o orçamento seja maior que o esperado.

No entanto, como nem tudo são flores, a prospecção ativa de clientes também pode tender a alguns prejuízos ao escritório. A fim de afastar tal chance, conheça as possíveis desvantagens:

  • Maior necessidade de mão de obra;
  • Aumento do investimento e do custo para prospecção de novos leads.

Ademais, não podemos deixar de ressaltar que, dependendo da abordagem, o lead pode se afastar do escritório. Isso, infelizmente, pode acontecer porque possíveis clientes podem achar o método utilizado invasivo e inconveniente.

Assim, a prospecção ativa pode ser desvantajosa em alguns casos.

2. Vantagens e desvantagens da prospecção passiva

Assim como a ativa, a prospecção passiva tem lados positivos e negativos já que, como explicamos anteriormente, o lead mostra interesse e vai ao encontro do escritório que deseja.

Em relação às diversas vantagens, podemos citar que a prospecção passiva garante o seguinte:

  • Menor possibilidade do lead achar a iniciativa invasiva e inconveniente;
  • Redução na possibilidade de rejeição;
  • Proporcionalidade do investimento e custo com as devidas campanhas de prospecção.

Contudo, o processo de prospecção passiva de clientes também pode ter desvantagens ao escritório, como:

  • Retorno dos investimentos é mais demorado;
  • Mais dificuldade de mensuração de tempos e ações para chegar ao resultado esperado.

Diante de tudo exposto, para fechar negócios e contratos com clientes, o escritório de advocacia precisa mesclar campanhas.

Isso significa que tanto a prospecção ativa quanto a prospecção passiva devem fazer parte da identificação do possível cliente e pela busca do lead.

O que a OAB não permite?

A prospecção clientes advocacia não é tão simples quanto pensamos ou gostaríamos que fosse.

Tanto é que, ao longo dos últimos anos, diversos advogados e profissionais do mundo jurídico, abriram contas profissionais para mostrar o próprio trabalho e se aproximar do público.

De acordo com o art. 3º do provimento nº 205/2021 da OAB:

A publicidade profissional deve ter caráter meramente informativo e primar pela discrição e sobriedade, não podendo configurar captação de clientela ou mercantilização da profissão.

Assim, algumas condutas são proibidas pelo órgão, tais quais: referência a valores de honorários, descontos, brindes e outros.

Tendo isso em vista o documento da Ordem dos Advogados do Brasil, o advogado autônomo e os escritórios jurídicos precisam se adaptar às normas da profissão.

Sendo assim, a melhor forma de fazer boa prospecção clientes advocacia é sendo uma autoridade e explicando o que sabe.

Prospecção clientes advocacia: é proibido?

Como fazer prospecção de clientes para escritório de advocacia?

Confira a seguir o passo a passo para fazer uma boa prospecção de clientes!

1. Deixe o cliente satisfeito

Ainda que hoje em dia tenhamos internet e redes sociais à nossa disposição, a propaganda boca a boca nunca saiu de moda. Uma das melhores maneiras de fazer uma boa prospecção clientes advocacia é solucionando o problema do próprio cliente e deixando-o satisfeito por tal.

Diante dessa satisfação, o cliente pode te indicar a amigos, familiares bem como conhecidos já que a imagem do escritório se torna mais forte. Por meio desse processo, para o escritório, há pouco investimento e custo na captação de novos clientes e menor chance de ser inconveniente.

2. Invista em parcerias e networking

O networking é fundamental, nos dias atuais, pois pode ser ótimo para criar e fortalecer parcerias. A fim de prospectar mais clientes, o escritório de advocacia pode – e deve! – investir na troca de cadastros e outras ações com escritórios de arquitetura, contabilidade entre outros.

Nesse caso, uma boa ideia é procurar fazer parcerias que tenham a ver com o trabalho que faz. Assim, a colaboração acontece de maneira orgânica e gera ótimos resultados.

3. Aposte na modernização do escritório

Vivemos na época em que a tecnologia está a todo vapor e, por isso, é mais que ideal utilizá-la ao nosso favor.

A fim de fazer boa prospecção clientes advocacia, o escritório deve apostar na modernização e no uso de softwares para otimizar tempo da equipe e aumentar produtividade.

4. Publique conteúdos

Uma das formas de fazer boa prospecção clientes advocacia é mostrando que você sabe o que está fazendo. Para mostrar ao cliente que ele pode confiar no seu trabalho, publique conteúdos na internet e redes.

É possível, nesse caso, optar pela redação de blogposts, páginas para dar dicas sobre determinado assunto, indicar as principais curiosidades e outras ações.

Lembre-se sempre que os conteúdos postados precisam ter a ver com a área que atua.

5. Participe e/ou ministre eventos

A fim de captar e fazer prospecção clientes advocacia, uma boa opção é participar de palestras para o público que julga ideal. Além disso, o assunto das palestras deve ter a ver com a área de atuação para que seja possível mostrar toda eficiência e autoridade nos temas.

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Autor
Foto - Eduardo Koetz
Eduardo Koetz

Eduardo Koetz é advogado, escritor, sócio e fundador da Koetz Advocacia e CEO da empresa de software jurídico Advbox.

Possui bacharel em Direito pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos). Possui tanto registros na Ordem dos Advogados do Brasil - OAB (OAB/SC 42.934, OAB/RS 73.409, OAB/PR 72.951, OAB/SP 435.266, OAB/MG 204.531, OAB/MG 204.531), como na Ordem dos Advogados de Portugal - OA ( OA/Portugal 69.512L).
É pós-graduado em Direito do Trabalho pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2011- 2012) e em Direito Tributário pela Escola Superior da Magistratura Federal ESMAFE (2013 - 2014).

Atua como um dos principais gestores da Koetz Advocacia realizando a supervisão e liderança em todos os setores do escritório. Em 2021, Eduardo publicou o livro intitulado: Otimizado - O escritório como empresa escalável pela editora Viseu.

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