4 dicas para empreender na Advocacia
Gestão na advocacia

Empreender na advocacia: dicas incríveis!

Existe uma “fórmula” que é seguida por muitos advogados: formar-se na faculdade, buscar uma especialização e atuar nela de maneira generalizada.

Apesar de ser muito conhecida, entretanto, essa fórmula não é a única maneira possível que os profissionais formados em Direito têm para ingressar no mercado. 

Por isso, empreender na advocacia é uma realidade e pode ser um caminho muito interessante, não à toa vem sendo adotado por cada vez mais advogados.

Como advogado pode empreender?

Ter uma visão estratégica sobre como empreender na advocacia se tornou uma questão de sobrevivência no ramo, atualmente é a melhor maneira para criar e fidelizar clientes.

Dessa forma, a busca por novas formas de atuação e o desenvolvimento de estratégias voltadas para a identificação de diferentes ramos de especialização é essencial para a escalada saudável tanto de advogados autônomos quanto de escritórios.

Como empreender na área do Direito?

Se você busca trilhar um caminho além da fórmula que já citamos no começo deste texto, continue acompanhando o post. 

Por isso, nele reunimos 4 dicas sobre como encontrar maneiras alternativas para empreender na advocacia que podem ser desenvolvidas e aplicadas a partir da expertise de advogados. 

Sendo assim, as dicas partem de noções que já foram idealizadas e testadas por diversos advogados, além de outras que são apontadas por profissionais de áreas diversas.

Esses profissionais salientam a importância de se ter advogados em áreas alternativas, muitas vezes distantes de fóruns e tribunais.

Quanto ganha um advogado empreendedor?

Essa pergunta não tem uma resposta única e exclusiva, tudo depende muito do caminho trilhado e oportunidades aproveitadas. Mas é claro que apostar no empreendedorismo legal é uma ótima escolha.

Aliás, não só é possível empreender na advocacia, como é fortemente recomendado. Uma rápida pesquisa na internet e você perceberá que ela está repleta de dicas sobre como construir uma carteira de clientes volumosa. 

Na grande maioria das vezes, essas dicas transitam entre:

Esses três pontos iniciais são muito importantes e, de fato, necessários para que qualquer profissional que tenha uma carreira no Direito conquiste experiência e visibilidade. Porém, se você não tiver clareza sobre o que é o seu empreendimento, nenhum dos pontos citados acima serão eficientes. 

Entenda, ao escolher qual área o seu empreendimento será direcionado, que será preciso estabelecer metas, definir objetivos e traçar estratégias para que o seu negócio ganhe notoriedade.

Como advogado pode empreender?

O advogado empreendedor é aquele que foge do roteiro profissional clássico, que não segue a fórmula apresentada anteriormente, e busca formas inovadoras de utilizar suas habilidades profissionalmente.

Assim, para te ajudar a entender como um profissional pode empreender na advocacia, reunimos algumas dicas desenvolvidas com base em atuações que já se mostraram muito efetivas na prática.

1. Use a tecnologia a seu favor

Mantenha contato com a Geração Z! Esse é um dos pontos que podemos afirmar ser mais efetivos para quem está pensando em empreender na advocacia. 

A internet está presente de forma tão constante no dia a dia das pessoas que muitas vezes os profissionais não param por um momento para notar a sua importância e o quanto ela pode afetar positivamente os negócios.

No entanto, o que muitos não se deram conta é que uma parcela dos adolescentes de hoje são os clientes do futuro. E qual a importância disso? Essa geração está 100% conectada e, por isso, domina a internet desde muito cedo.

Futuramente, quando essa parcela da população precisar de um advogado, certamente recorrerá à internet e às novas tecnologia.

Para empreender na advocacia, é necessário começar a usar a tecnologia a seu favor imediatamente, com o objetivo de se preparar para a chegada da nova geração de clientes.

Eduardo Koetz, CEO da Koetz, é um exemplo notável de como a advocacia pode se beneficiar com a tecnologia. Há mais de quatro anos estabeleceu seu escritório online, sendo que desde o primeiro contato até o pós fechamento de contratos, não há atendimento presencial.

Sendo assim, hoje, seu escritório atende demandas em todo o Brasil, sem a necessidade de espaço físico ou de agendamento de reuniões. Tudo é feito de forma online.

Prazo de aplicação: Curto a médio prazo, dependendo de quantas e quais as áreas do escritório serão digitalizadas. Essa variação também sofrerá modificação conforme o tipo de empreendimento e tecnologia empregada.

Como empreender na advocacia

2. Hiperespecialização

É difícil encontrar um advogado no mercado que não tenha pelo menos uma especialização. Isso já faz parte da fórmula sobre a qual falamos no início desse post.

E uma alternativa para quem deseja empreender na advocacia, e principalmente se destacar no mercado jurídico é apostar na hiperespecialização.

Mas você sabe o que isso significa na prática?

Se hiperespecializar diz respeito a escolher um nicho muito específico dentro da própria especialização. Essa proposta permite se tornar autoridade sobre um assunto muito específico que poucos têm acesso. Diminuindo a competitividade e, em consequência, aumentando o valor dos honorários cobrados.

A hiperespecialização pode ser alcançada por meio do estudo aprofundado de uma determinada lei do direito agrário, direito previdenciário, direito civil ou de qualquer outro tema jurídico que se acredite valer a pena empreender na advocacia.

Sendo assim, em termos práticos, seria a atuação segmentada. Por exemplo:

  • Atuação específica de responsabilidade civil em face de companhias aéreas;
  • Encaminhamento de aposentadoria de enfermeiras;
  • Atuação em reclamatórias trabalhistas de empresas terceirizadas;
  • Atuação no direito agrário, orientando a criação de animais;
  • Homologação de divórcios realizados no exterior;
  • Entre outros.

Prazo de aplicação: Curto a médio prazo, dependendo do comprometimento do advogado, se já é atuante na área e o conhecimento que já possui. A hiperespecialização dependerá exclusivamente do tempo dedicado ao estudo das normas envolvidas.

3. Consultoria em áreas extrajudiciais para aquisição de certificação da ISO

Já que comentamos sobre a necessidade da hiperespecialização, outra dica para empreender na advocacia é ser especialista em certificações, tal como a ISO.

A ISO (International Organization for Standardization), cuja tradução seria Organização Internacional para Padronização, cria regras para facilitar o comércio e para promoção de boas práticas de gestão e avanço tecnológico.

Para que uma empresa esteja dentro dos padrões exigidos, é emitida uma certificação de adequação com as normas estabelecidas. As normas mais conhecidas são:

  • 9001: regulariza Sistemas de Gestão de Qualidade;
  • 14001: estabelece normas para a gestão de sistemas ambientais;
  • 22000: regulariza a Gestão de Segurança de Alimentos.

Mariana de Oliveira Klein, auditora e consultora de sustentabilidade, atua preventivamente com a ISO 14001.

Ela é especialista na adequação das empresas antes de serem submetidas à certificação, e enfatiza a necessidade de se ter advogados especializados nas legislações exigidas pela ISO 14001 de cunho ambiental.

“Acho interessante a participação de um advogado, pois a ISO 14001 tem como requisito estar de acordo com toda a legislação vigente. Por ter muitos critérios específicos, é difícil achar um profissional que tenha conhecimento aprofundado sobre a aplicação da matéria”, destaca Mariana.

Ela ainda ressalta que se o estudo não for minucioso, é provável que a empresa não ganhe a certificação.

Assim como acontece com as ISO’s, existem outros parâmetros de qualidade que exigem a adequação, como é o caso da OHSAS (tradução brasileira para Avaliação de Segurança e Saúde Ocupacional), cabendo ao advogado explorar as opções.

Prazo de aplicação: curto a médio prazo, dependendo do comprometimento do advogado e se já atua na área.

4. Mercados Alternativos

Com certeza você já deve ter ouvido falar a respeito dos Créditos de Carbono ou sobre os Bitcoins. Agora responda: você sabe qual a relação entre eles?

Assim, ambos surgiram com a atualização e modificação dos mercados. Os Créditos de Carbono e o Bitcoin ganharam espaço sem que fossem realizados muitos esclarecimentos sobre a legislação aplicável.

Os Créditos de Carbono, cujos nomes originais são Reduções Certificadas de Emissões, são títulos passíveis de comercialização. Eles surgiram a partir do Protocolo de Quioto e, durante algum tempo, impasses relacionados à legislação tributária acabavam desinteressando advogados sobre a matéria.

Ainda, o Bitcoin, por sua vez, é uma espécie de criptomoeda, cuja falta de regularização também resulta no desinteresse dos advogados em entender melhor a matéria.

Todavia, quando a maioria não entende o quão relevante um assunto pode ser, é que surgem as melhores oportunidades para empreender na advocacia.

O que podemos tirar de ideias é que, quando a legislação ainda não for clara e exigir que se tenha cuidado com as legislações internacionais, um advogado é mais do que necessário para que as transações sejam legais.

Por isso, os mercados alternativos são uma das opções para empreender na advocacia.

Mesmo que posteriormente surja uma legislação restritiva, quem conhece e domina esse tipo de mercado, as leis e as formas de contratos, sai na frente dos demais profissionais que ainda descobrirão as possibilidades da matéria quando as novas legislações forem aprovadas.

Prazo de aplicação: Médio a longo prazo, dependendo do comprometimento do advogado e do quão avançadas estão as legislações sobre o assunto.

4 dicas para empreender na Advocacia

Como fazer marketing de um escritório de advocacia?

Agora que já te demos 4 dicas de onde começar a empreender na advocacia, vamos te dar uma última dica que pode ser fundamental para que o seu novo negócio na área do Direito dê certo: aposte no marketing para divulgar o seu novo empreendimento. 

É fundamental que você divulgue suas ideias e se conecte aos clientes que já passaram pela sua trajetória jurídica ou ainda, para conquistar novas pessoas para a sua rede. E para que as estratégias de marketing funcionem, lembre-se que é decisivo ter suporte da tecnologia

Ao contar com um software jurídico para o seu escritório ou novo negócio, você terá uma visão ainda mais completa do perfil dos seus clientes, da sua base de contatos e também dos investimentos que você está fazendo em cada uma das áreas. 

Como funciona o marketing jurídico?

O Marketing Jurídico Digital sempre foi um tema delicado para se discutir devido à posição que o direito ocupa socialmente e as percepções equivocadas que se tem sobre a função desse tipo de marketing.

No entanto, apesar disso não podemos negar, com todas as mudanças tecnológicas pelas quais a sociedade está passando essa modalidade de marketing é fundamental para qualquer um que deseja ganhar visibilidade

Isso vale para qualquer tipo de negócio, inclusive para quem busca empreender na advocacia.

É permitido o marketing jurídico?

Mesmo que o marketing jurídico esteja regulamentado pelo código de ética da OAB, que veta apenas campanhas tendenciosas de propaganda no âmbito advocatício, muitos advogados que pretendem empreender na advocacia ainda têm dúvidas sobre como realizá-lo sem ferir as normas definidas pela OAB.

Antes de qualquer coisa temos que entender que o marketing jurídico não se trata de pura propaganda, mas de uma ferramenta através da qual o conhecimento jurídico pode ser disseminado para a população.

Por isso, partindo dessa premissa, podemos elencar algumas modalidades de marketing jurídico digital que se encontram alinhadas aos termos do código de ética da OAB. Alguns exemplos são:

  • Marketing de Conteúdo, baseado na produção e divulgação de conteúdo informativo na internet;
  • Inbound Marketing, focado na prospecção e captação de clientes;
  • Marketing de Relacionamento, que tem o objetivo de projetar a marca, gerar autoridade e fidelizar clientes;
  • Marketing de Eventos, com a divulgação e participação de eventos relacionados ao direito;
  • Marketing de Influenciadores, Uma das principais tendências dos últimos anos.

Sendo assim, todas essas modalidades têm mostrado resultados efetivos no meio jurídico e não ferem o código de ética da OAB. Implementá-los é um passo importante para o crescimento do seu escritório.

Quais as tendências para o futuro da advocacia?

Por fim, lembre-se que empreender na advocacia demanda criatividade. Quem está sempre se atualizando e buscando uma visão crítica sobre as notícias do mercado, saberá onde encontrar brechas para nunca parar.

Investimento em tecnologia adequada, capacitação profissional e busca constante por novos conhecimentos são os pontos-chave para o crescimento saudável de um escritório e devem estar sempre na mente de quem decide empreender na advocacia.

É importante que os advogados tenham em mente que não existe fórmula mágica: nenhum sucesso virá sem que haja muito trabalho. Porém, se há trabalho antes, há sucesso durante e depois da caminhada. O importante é ter foco e não desistir.

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Autor
Foto - Eduardo Koetz
Eduardo Koetz

Eduardo Koetz é advogado, escritor, sócio e fundador da Koetz Advocacia e CEO da empresa de software jurídico Advbox.

Possui bacharel em Direito pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos). Possui tanto registros na Ordem dos Advogados do Brasil - OAB (OAB/SC 42.934, OAB/RS 73.409, OAB/PR 72.951, OAB/SP 435.266, OAB/MG 204.531, OAB/MG 204.531), como na Ordem dos Advogados de Portugal - OA ( OA/Portugal 69.512L).
É pós-graduado em Direito do Trabalho pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2011- 2012) e em Direito Tributário pela Escola Superior da Magistratura Federal ESMAFE (2013 - 2014).

Atua como um dos principais gestores da Koetz Advocacia realizando a supervisão e liderança em todos os setores do escritório. Em 2021, Eduardo publicou o livro intitulado: Otimizado - O escritório como empresa escalável pela editora Viseu.

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