No mundo jurídico, a questão da publicidade sempre foi um tema delicado e controverso.
Isso porque, muitas vezes, é comum que os advogados fiquem na dúvida se podem – ou não – fazer publicidade e propaganda de seus serviços.
Sabendo que esta dúvida é bem comum no meio jurídico, resolvemos explorar regras e diretrizes que envolvem a publicidade na advocacia. Para isso, é fundamental entender – mais e melhor – acerca de pontos cruciais relacionados ao tema.
Com base nisso, elaboramos um artigo para que você, nosso leitor, possa ficar por dentro de tudo sobre o assunto! Mas, afinal, advogado não pode fazer publicidade?
O que a ética profissional diz sobre publicidade na advocacia?
Hoje em dia, nas redes sociais, é comum encontrarmos diversos perfis profissionais, especialmente de recém-formados na área do direito. Dessa maneira, é muito importante saber se o advogado não pode fazer publicidade ou, caso possa, como deve realizar tal publicidade.
A criação de conteúdo jurídico de qualidade pode ser uma ferramenta valiosa para os profissionais que querem estabelecer uma presença online.
Além disso, o conteúdo jurídico é uma maneira de levar informações ao público e mostrar conhecimentos adquiridos dentro da sala de aula e no dia a dia da profissão.
No entanto, este processo deve acontecer da maneira correta, especialmente, por meio diretrizes éticas e legais bem como regras que visam manter a integridade da profissão.
Estes códigos também garantem que os advogados não comprometam os princípios fundamentais da profissão. Tais regras variam conforme a jurisdição e a entidade reguladora local. Contudo, geralmente, os princípios costumam ser comuns.
Dessa maneira, em relação ao tema advogado não pode fazer publicidade, o que o profissional do direito não pode publicar nas redes?
O que o advogado não pode publicar?
- Informações enganosas;
- Sigilo e confidencialidade;
- Garantias de resultados;
- Publicidade excessiva;
- Contato direto com clientes.
1. Informações enganosas
Internet não é terra sem lei. Por isso, uma das questões mais importantes para o advogado que deseja estar presente nas redes sociais é a veracidade das informações.
Levando em consideração o profissionalismo, o advogado não pode divulgar dados enganosos. Além disso, ele também não pode fazer alegações falsas sobre as próprias qualificações, experiências e resultados passados.
2. Sigilo e confidencialidade
Ao procurar um advogado para resolver uma pendência, o cliente quer sentir confiança no profissional. Como, hoje em dia, as redes sociais são uma vitrine profissional, o advogado não pode quebrar o sigilo e a confidencialidade das informações dos clientes.
Portanto, o advogado não pode fazer publicidade e propaganda que quebre esta regra. Mais que ser estritamente proibido, ultrapassar esse limite também não cai nada bem, né? Por isso, evite!
3. Garantias de resultados
Os profissionais do direito não podem prometer, aos clientes, resultados em casos jurídicos. É que, de forma geral, os processos judiciais são incertos e costumam depender de vários fatores. Evitando isso, evita-se também certa frustração do cliente.
Neste caso, concentre-se em informar o público sobre os direitos, processos legais e questões jurídicas que são, de fato, relevantes.
4. Publicidade excessiva
O advogado não pode fazer publicidade de maneira excessiva ou ostensiva. Neste caso, é importante evitar a veiculação de anúncios sensacionalistas e imagens perturbadoras. Ademais, a publicidade e propaganda não pode prejudicar a dignidade da profissão.
5. Contato direto com clientes
De acordo com o blog Matrículas Damasio, o comportamento do consumidor mudou, principalmente nos últimos anos. Sendo assim, é comum que as pessoas procurem por produtos e serviços, como o jurídico, por meio das plataformas digitais.
Com isso, profissionais do direito, especialmente os recém-formados, podem ocupar estes espaços. Além de alcançar mais pessoas, é uma maneira de evitar práticas de abordagem abusivas em situações mais delicadas, como em hospitais e prisões.
Quais são os limites da publicidade para o advogado?
Agora que você já sabe que o advogado não pode fazer publicidade de qualquer forma, é importante saber os limites para tal. A criação de conteúdo jurídico nas redes sociais pode ser um modo eficaz de informar o público e garantir autoridade como profissional.
No entanto, a criação do conteúdo jurídico de qualidade deve acontecer por meio de alguns limites éticos e legais e de algumas diretrizes. Confira, abaixo, algumas delas.
- Mantenha a precisão;
- Proteja a confidencialidade;
- Seja transparente sobre sua experiência.
1. Mantenha a precisão
Ao criar um conteúdo jurídico e disponibilizá-lo nas redes sociais, o profissional do direito deve se certificar de que as informações estão corretas, precisas e atualizadas. Caso isso não aconteça, o advogado pode perder ou ter a credibilidade prejudicada.
2. Proteja a confidencialidade
Diversos processos judiciais envolvem questões de privacidade, familiares e outros problemas que, ao cliente, pode ser algo pessoal e íntimo. Assim, a fim de resolver as questões com a justiça, o cliente busca ter um profissional que te passe confiança.
Se você quer ser um profissional transparente e que passa confiança, nunca divulgue informações confidenciais do cliente. Ademais, respeite sempre o sigilo profissional e evite qualquer forma de exposição excessiva e inadequada.
3. Seja transparente sobre sua experiência
Quando o assunto é confiança, a transparência dos fatos também é importante. Neste caso, o profissional do direito deve compartilhar informações corretas sobre as próprias experiências, qualificações e áreas de atuações. No entanto, também não exagere.
O que o advogado não pode fazer nas redes sociais?
Nas redes sociais, a criação de conteúdo é uma realidade para muitos advogados. Apesar deste panorama, muitas dúvidas também são comuns. Com o intuito de continuar te informando sobre advogado não pode fazer publicidade, separamos alguns questionamentos gerais sobre.
- Posso usar redes sociais para promover meus serviços como advogado?
- Posso criar um blog jurídico para compartilhar informações com o público?
- Posso usar depoimentos de clientes em meu site ou material de marketing?
- Posso anunciar preços fixos para serviços jurídicos em meu site?
1. Posso usar redes sociais para promover meus serviços como advogado?
Apesar de ter regras, o advogado pode – e deve! – promover os serviços jurídicos pelas redes sociais. Isso, claro, desde que conte com as diretrizes corretas e éticas para tal.
2. Posso criar um blog jurídico para compartilhar informações com o público?
Estar presentes nas redes sociais é uma forma de alcançar pessoas, mas não é a única. A criação de um blog jurídico, como a ADVBOX, é um modo de informar o público temas relevantes da esfera do direito e demonstrar todo conhecimento adquirido no meio.
Para isso, certifique-se de manter a precisão bem como a ética no conteúdo criado.
3. Posso usar depoimentos de clientes em meu site ou material de marketing?
Não é possível dizer a resposta exata para este tipo de questionamento, pois ela varia de acordo com as regras locais e estaduais. Em algumas jurisdições, o uso de depoimentos de clientes é permitido desde que sejam verdadeiros e confidenciais.
4. Posso anunciar preços fixos para serviços jurídicos em meu site?
Nas redes sociais, precificar um produto é fundamental para que um cliente compre determinado produto. Em relação ao profissional do direito, o informe do preço fixo do serviço jurídico costuma ser um assunto delicado.
Como estamos informando se o advogado não pode fazer publicidade, a precificação do profissional do direito também não pode ficar de fora. Sendo assim, gostaríamos de ressaltar que, em muitas jurisdições, anunciar preços fixos é uma atividade permitida.
Isso, claro, desde que os valores não sejam enganosos. No entanto, também é importante destacar que determinados serviços podem ter regulamentações específicas no quesito precificação.
O advogado não pode fazer publicidade de qualquer maneira. Assim, a fim de evitar possíveis erros e futuros problemas profissionais, lembre-se de consultar as diretrizes e regulamentos específicos de sua jurisdição.
Lembre-se que a ética é fundamental para manter a integridade da profissão, alcançar um público maior, fortalecer a credibilidade e contar com a confiança do cliente.
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