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Business Intelligence

Aprenda a montar o DFC do seu escritório!

A DFC de escritório (Demonstração do Fluxo de Caixa) é um documento contábil que registra as entradas e saídas de dinheiro em um determinado período. 

Por isso, é uma ferramenta essencial para a gestão, fornecendo informações importantes sobre a saúde financeira da organização.

No caso dos escritórios de advocacia, a DFC é ainda mais importante, pois ajuda a identificar possíveis problemas financeiros e tomar decisões mais assertivas.

Neste artigo, você vai entender o que é a DFC de escritório e como montar essa demonstração para o seu negócio de advocacia. 

Além disso, mostraremos como o Business Intelligence da ADVBOX pode ajudar a automatizar o processo de geração da DFC e fornecer insights valiosos para a gestão financeira.

O que é DFC de escritório?

Como você já sabe, a Demonstração do Fluxo de Caixa é uma ferramenta financeira essencial para qualquer negócio, incluindo escritórios de advocacia. 

No contexto dos escritórios de advocacia, é essencial para monitorar a saúde financeira do negócio e orientar a tomada de decisões estratégicas.

A DFC é composta por três seções principais: 

  • Atividades operacionais;
  • Atividades de investimento;
  • Atividades de financiamento. 

Analisemos cada uma delas para entender sua relevância para os escritórios de advocacia.

1. Atividades operacionais

Nesta seção, são registradas todas as transações relacionadas às atividades principais do escritório de advocacia. 

Dessa forma, isso inclui o recebimento de honorários advocatícios, custos operacionais, pagamento de fornecedores, salários dos colaboradores e outras despesas associadas à operação cotidiana do escritório.

Uma DFC de escritório detalhada ajuda a identificar o fluxo de caixa gerado pelas operações centrais do escritório.

2. Atividades de investimento

As atividades de investimento se referem às transações que envolvem ativos de longo prazo, como a compra de equipamentos, tecnologia, propriedades ou investimentos financeiros

No caso dos escritórios de advocacia, isso pode incluir investimentos em tecnologia legal, treinamento de pessoal ou expansão para novos mercados.

Por isso, é importante monitorar essa seção para garantir que os investimentos estejam alinhados com a estratégia de crescimento do escritório e que não comprometam a estabilidade financeira.

Além disso, é necessário avaliar se esses investimentos estão gerando retornos adequados e contribuindo para a eficiência e a capacidade do escritório de atender às necessidades dos clientes de forma eficaz.

3. Atividades de financiamento

Aqui, são registradas as transações relacionadas à captação de recursos para o escritório. Isso inclui empréstimos, financiamentos e aportes de capital dos sócios. Assim, esses recursos são vitais para sustentar as operações e apoiar o crescimento do escritório. 

Dessa forma, a análise adequada dessa seção é crucial para garantir que o escritório tenha o financiamento necessário para operar de maneira eficaz e cumprir suas obrigações financeiras.

É importante equilibrar o financiamento necessário com a capacidade de reembolso e garantir que o escritório não fique sobrecarregado com dívidas excessivas. 

Contudo, uma análise criteriosa da DFC nessa seção é essencial para manter a saúde financeira do escritório a longo prazo.

decisões baseadas em dados roi

Por que a DFC é importante?

A Demonstração do Fluxo de Caixa é uma ferramenta crucial para os escritórios de advocacia por várias razões. 

Primeiramente, ela oferece uma visão clara da saúde financeira do escritório, ajudando a evitar surpresas desagradáveis e garantindo a capacidade de honrar compromissos financeiros. Em outras palavras, ajuda a criar um plano financeiro mais realista e eficiente.

Além disso, a DFC de escritório é fundamental para o planejamento estratégico, permitindo que os gestores tomem decisões informadas sobre investimentos, expansão e gestão de despesas. Por exemplo, como aumento de preços e contratação de funcionários.

Quais contas entram na DFC?

Para montar a DFC para um escritório de advocacia, é necessário reunir os seguintes dados:

  • Receitas: receitas de honorários, custas judiciais, entre outros;
  • Despesas: custos com funcionários, materiais, serviços, etc;
  • Impostos: impostos pagos no período.

Com esses dados, é possível montar a DFC seguindo os seguintes passos:

  1. Calcule o saldo inicial de caixa. Ou seja, o valor que o escritório tinha no início do período;
  2. Em seguida, adicione as receitas do período;
  3. Subtraia as despesas do período;
  4. Agora, subtraia os impostos pagos no período;
  5. Subtraia também os pagamentos de empréstimos e dívidas;
  6. Por fim, calcule o saldo final de caixa. Ou seja, o valor que o escritório tinha no final do período.

1. Exemplo

Suponha que um escritório de advocacia tenha os seguintes dados para o mês de setembro de 2023:

  • Saldo inicial de caixa: R$ 10.000,00;
  • Receitas: R$ 50.000,00;
  • Despesas: R$ 40.000,00;
  • Impostos: R$ 4.000,00;
  • Pagamentos de empréstimos e dívidas: R$ 1.000,00.

Nesse caso, a DFC mostra que o escritório teve um saldo final de caixa positivo de R$ 15.000,00. Ou seja, isso significa que o escritório teve mais dinheiro entrando do que saindo no período.

A análise da DFC também pode ser usada para identificar possíveis problemas financeiros. Por exemplo, se as despesas forem maiores do que as receitas, o escritório pode estar com problemas de fluxo de caixa.

2. Dicas para montar a DFC

  • Use uma planilha de cálculo ou um software financeiro para montar a DFC de escritório. Isso tornará o processo mais rápido e fácil;
  • Certifique-se de que os dados que você está usando estão corretos. Isso porque erros nos dados podem levar a uma DFC imprecisa;
  • Analise a DFC regularmente para identificar possíveis problemas financeiros.

O que é plataforma de Business Intelligence?

O Business Intelligence da ADVBOX é uma ferramenta que automatiza o processo de geração da DFC de escritório e fornece insights valiosos para a gestão financeira.

Assim, com o Business Intelligence da ADVBOX, é possível:

  • Gerar a DFC automaticamente: o sistema importa os dados financeiros do escritório e gera a DFC de escritório de forma automática. Dessa forma, economiza tempo e esforço;
  • Analisar a DFC: fornece gráficos e relatórios que ajudam a analisar a DFC e identificar possíveis problemas financeiros. Assim, permite que os gestores tomem decisões mais acertadas com base nas informações;
  • Criar um plano financeiro: o sistema pode ser usado para criar um plano financeiro baseado nas informações da DFC. Isso ajuda os gestores a planejar o futuro do escritório de forma mais realista e eficiente.

Em suma, o Business Intelligence da ADVBOX é uma ferramenta eficaz que pode ajudar os escritórios de advocacia a melhorar a gestão financeira e alcançar seus objetivos.

Como analisar e interpretar uma DFC?

Para compreender as informações apresentadas pela DFC é preciso se atentar a 4 aspectos principais:

  • Liquidez e Fluxo de caixa;
  • Eficiência operacional;
  • Investimentos estratégicos;
  • Financiamento adequado.

1. Liquidez e Fluxo de caixa

A avaliação da liquidez é crucial para garantir que o escritório tenha fundos suficientes para operar sem problemas. 

Por isso, monitorar o fluxo de caixa ao longo do tempo ajuda a prever períodos de escassez de caixa e a tomar medidas preventivas, como a negociação de prazos com fornecedores ou a gestão mais eficaz dos recebíveis.

2. Eficiência operacional

Analisar as atividades operacionais na DFC ajuda a entender como o escritório gera caixa a partir de suas operações principais. 

Para isso, é importante identificar áreas de melhoria para otimizar a gestão de receitas e despesas, como a eficiência na cobrança de honorários ou a redução de custos operacionais sem comprometer a qualidade dos serviços jurídicos.

3. Investimentos estratégicos

A análise das atividades de investimento na DFC de escritório é essencial para avaliar se os investimentos estão alinhados com os objetivos de crescimento e a sustentabilidade financeira do escritório. 

Nesse sentido, é fundamental garantir que esses investimentos contribuam para o aumento da eficiência, a expansão do negócio ou a melhoria da qualidade dos serviços prestados.

4. Financiamento adequado

Por fim, ao analisar as atividades de financiamento, é essencial assegurar que o escritório esteja obtendo o financiamento adequado para suas operações e expansões planejadas. 

Assim, isso evita problemas de liquidez e endividamento excessivo, mantendo um equilíbrio saudável entre a necessidade de financiamento e a capacidade de pagamento.

DFC de escritório e gestão financeira

Em suma, a Demonstração do Fluxo de Caixa é uma ferramenta indispensável para os escritórios de advocacia. Isso porque oferece informações valiosas sobre a saúde financeira do negócio. 

A interpretação adequada da DFC de escritório permite otimizar as operações do negócio, gerenciar seus recursos de maneira eficaz e alcançar crescimento sustentável

Além disso, é fundamental integrar a análise da DFC na gestão financeira cotidiana dos escritórios de advocacia para garantir o sucesso a longo prazo. 

Contudo, uma compreensão completa da DFC capacita os gestores a tomar decisões informadas e estratégicas que impulsionam o escritório rumo ao progresso e à prosperidade.

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Autor
Foto - Eduardo Koetz
Eduardo Koetz

Eduardo Koetz é advogado, escritor, sócio e fundador da Koetz Advocacia e CEO da empresa de software jurídico Advbox.

Possui bacharel em Direito pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos). Possui tanto registros na Ordem dos Advogados do Brasil - OAB (OAB/SC 42.934, OAB/RS 73.409, OAB/PR 72.951, OAB/SP 435.266, OAB/MG 204.531, OAB/MG 204.531), como na Ordem dos Advogados de Portugal - OA ( OA/Portugal 69.512L).
É pós-graduado em Direito do Trabalho pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2011- 2012) e em Direito Tributário pela Escola Superior da Magistratura Federal ESMAFE (2013 - 2014).

Atua como um dos principais gestores da Koetz Advocacia realizando a supervisão e liderança em todos os setores do escritório. Em 2021, Eduardo publicou o livro intitulado: Otimizado - O escritório como empresa escalável pela editora Viseu.

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