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Modelos de negócio na advocacia: diferenças e como escolher

Modelos de negócio na advocacia: diferenças e como escolher

Antes de abrir um escritório de advocacia são muitos os pontos que devem ser considerados. Entre eles, determinar o modelo de negócio que será seguido. 

Quando falamos em modelo de negócio, normalmente remetemos a um conceito comum na Administração de Empresas. 

E sim, as técnicas para estabelecer o modelo de negócio vêm de metodologias da administração. E, basicamente, servem para descrever  de modo claro quais as estratégias que serão adotadas por um negócio para gerar valor. 

Assim, são definidos vários itens que envolvem a prestação de serviços da empresa, desde aquisição de clientes até estrutura e logística. Mas como adotar esse modelo na área jurídica?

Se você também se faz essa pergunta, fique tranquilo! Nesse post vamos te ajudar a compreender como definir o modelo de negócio para o seu escritório de advocacia.

Por meio do desenho de um Quadro de Modelo de Negócio – ou também conhecido como Business Model Canvas – ficará muito mais fácil enxergar de que maneira o seu escritório vai se apresentar para o mercado. 

O que são modelos de negócio na advocacia?

De modo geral, modelos de negócio na advocacia são estruturas estratégicas que definem como um escritório de advocacia oferece seus serviços, gerencia suas operações e gera receita.

Portanto, são essenciais para alinhar as práticas jurídicas com as demandas do mercado e com o perfil dos clientes, além de otimizar a sustentabilidade financeira do escritório.

Além disso, esses modelos permitem que escritórios de advocacia se adaptem a diferentes perfis de clientes, variando desde grandes empresas que exigem suporte contínuo até clientes individuais com demandas pontuais.

Quais são os diferentes modelos de negócio na advocacia?

Na advocacia, existem diversos modelos de negócio que podem ser adotados para estruturar e administrar um escritório. Esses modelos variam conforme o porte do escritório, o perfil dos clientes, e o foco dos serviços oferecidos. Abaixo estão alguns modelos comuns.

Escritório simples

Geralmente composto por um ou poucos advogados, com uma estrutura mais enxuta e custos operacionais reduzidos. Assim, costuma atender a clientes individuais ou pequenos negócios, oferecendo serviços jurídicos de rotina e suporte em questões pontuais.

Escritório de boutique

Já o modelo boutique trata-se de um modelo de negócio em que os profissionais são altamente especializados. Assim, nesse formato há uma busca de reconhecimento no mercado e, como consequência, as causas de valor mais alto. 

No caso de um escritório boutique, o atendimento é mais exclusivo e, normalmente, há um número menor de clientes quando comparado a um escritório simples. Dessa forma, o atendimento é muito mais personalizado. 

Advocacia em massa

Nesse modelo de negócio o escritório trata com um volume muito maior de processos. Ao contrário do escritório boutique, o modelo de negócio da advocacia em massa foca em casos mais simples, o que permite atender mais clientes. Entretanto, diferente do escritório simples, nesse modelo de negócio há uma padronização e uma busca mais organizada por novos clientes. 

Advocacia de terceirização

Pequenas e médias empresas precisam de suporte jurídico. Todavia, muitas vezes internalizar esse tipo de atendimento pode ser custoso. É aqui que entra o modelo de negócio de advocacia por terceirização.

Assim, os profissionais atendem às empresas de maneira terceirizada com foco em demandas que vão desde a área cívil, administrativa ou trabalhista. 

Advocacia web service

Por fim, no caso de um modelo de negócio para a advocacia web service, o atendimento acontece de maneira on-line.

Dessa forma, isso amplia muito as possibilidades de alcance do escritório no recebimento de processos de diferentes públicos. Entretanto, sem uma estratégia de escritório digital o atendimento web service pode se tornar ineficiente.

Como escolher o modelo de negócio?

De maneira geral, podemos afirmar que são raros os advogados que, antes de abrir o escritório fazem um planejamento completo sobre como será seu posicionamento no mercado a partir de um modelo de negócio. 

Ademais, essa situação não está condicionada somente àqueles que estão iniciando o escritório. 

Sendo assim, muitas vezes, mesmo em uma reestruturação de um negócio existente, são poucos os profissionais que se dedicam a fazer um planejamento completo com foco no modelo de negócios. 

De maneira geral podemos afirmar que é preciso estabelecer uma lógica de funcionamento para o escritório de advocacia. 

Isso envolve pontos como a forma de atendimento, os recursos disponíveis e os produtos a serem oferecidos.

Assim, na advocacia, um modelo de negócio é adotado mesmo quando os advogados não pensam nisso. O paradoxo é que essa é a forma mais comum de modelo de negócio jurídico! 

Nós denominamos esses casos de “escritórios simples”. Basicamente, são negócios que visam reduzir custos ao máximo e não investir dinheiro na aquisição de clientes.

Quais são as principais diferenças entre um modelo de negócio e um plano de negócios?

Lembre-se que é por meio do planejamento de um modelo de negócio que você terá mais insumos para definir o tipo de escritório que pretende desenvolver e a carreira que quer construir.

Ademais, como vimos, um modelo de negócio busca descrever e ordenar questões relevantes para estruturar um empreendimento. 

A metodologia mais usada atualmente para esse fim é o Quadro de Modelo de Negócio (ou Business Model Canvas), que permite conceber o planejamento estratégico da empresa de forma bastante visual.

Assim, a construção do modelo de negócio deve envolver as áreas fundamentais de um empreendimento: produto/serviço (o quê), infraestrutura (como), clientes (para quem) e finanças (quanto).

Com o auxílio da ferramenta Canvas, é possível tratar essas áreas a partir de 9 blocos essenciais.

Por isso, veja abaixo quais são esses blocos e como eles se aplicam ao seu escritório de advocacia:

Proposta de valor

É o diferencial do seu negócio. Podem ser as especialidades e/ou áreas do Direito em que o escritório atua (se trabalha com uma consultoria especializada, por exemplo). Mais ainda, podem ser os tipos de ação que o escritório mais domina e/ou as teses que mais tem defendido.

Parcerias-chave

São os públicos que apoiam e facilitam o fluxo de trabalho do negócio. Podem ser fornecedores, empresas, organizações e até mesmo outros escritórios de advocacia.

Atividades-chave

São as tarefas essenciais que devem ser realizadas para o escritório de advocacia funcionar com a qualidade proposta.

Recursos-chave

Principais recursos físicos e intelectuais disponíveis para o escritório. São equipamentos e pessoas fundamentais para que o escritório possa realizar seu trabalho com o nível de qualidade e agilidade a que se propõe.

Segmentos de clientes

São os clientes que o escritório busca atender. A segmentação (ou segmentações) pode ser feita por meio de características como necessidades, atributos, profissão, idade, renda ou outros pontos similares.

Relacionamento com clientes

Tipo de relação que o escritório estabelece de forma mais permanente com o segmento de clientes escolhido. Vale para o período anterior à contratação, durante o andamento dos processos e após a conclusão do serviço jurídico prestado.

Canais

Forma da empresa se comunicar com o segmento de clientes escolhido. Normalmente envolve ações de marketing de relacionamento, digital ou de atendimento. Pode envolver até mesmo o relacionamento pessoal do advogado em associações/sindicatos ou com pessoas que indiquem clientes.

Estrutura de custos

Descreve os custos do escritório de advocacia decorrentes da operação do modelo de negócio em questão.

Fontes de receita

Descreve como o escritório pretende gerar receita dentro da estrutura do negócio e através do segmento de clientes escolhido. É importante especificar métricas como volume, média de tempo e média por cliente/processo.

Ademais, como comentamos no início deste artigo, o modelo de Canva é extremamente visual. O indicado é que você reúna todas as informações sobre o que planeja para o escritório e faça essa projeção em um quadro.

Assim, isso vale tanto para o caso do início do negócio ou para uma reestruturação. O importante é que todas as informações estejam de fácil acesso para que a equipe faça uma avaliação diária sobre o modelo de negócio que será aplicado. 

Existem vários sites que auxiliam na criação digital de modelos de negócio com base na metodologia de Canvas. Você pode procurar um deles que faça sentido para o seu escritório ou, ainda, se estiver em uma sede física, criar o seu próprio quadro com post-its. 

Essa é a maneira mais “tradicional” de conduzir um processo de modelo de negócio utilizando o Canvas. 

Não importa o meio que fará mais sentido para o seu escritório de advocacia. O que é necessário ter em conta é que o método Canvas está focado na inovação

Ou seja, aproveite todas as ideias que surgirem a partir da construção do quadro para encontrar o seu diferencial no mercado e destacar-se dos concorrentes.

E por falar em inovação!

Ao planejar a abertura do seu escritório de advocacia ou a reestruturação do modelo de negócio já existente, não deixe de considerar o uso de ferramentas inteligentes. 

Assim, somente a partir de uma tecnologia desenvolvida exclusivamente para o setor jurídico que é possível ter uma visão completa sobre a execução do seu modelo de negócio. 

Por meio de recursos de Business Intelligence (ou inteligência de negócios), por exemplo, é possível determinar com precisão quais processos são mais rentáveis.

Além disso, com a tecnologia você entende com clareza se está atingindo o público-alvo planejado pelo modelo de negócio e consegue fazer uma prospecção muito mais efetiva de novos clientes. 

É por isso que, desde os primeiros passos do escritório, você deve ter um software que vai auxiliar na organização de processos e na tomada de decisões assertivas.

Conclusão

Em suma, os modelos de negócio na advocacia são variados e adaptáveis, oferecendo aos escritórios maneiras de estruturar seus serviços conforme o perfil e as demandas dos clientes. 

Seja em um escritório simples, que preza pela proximidade e atendimento personalizado, ou em um escritório full service, que abrange diversas áreas do direito, a escolha do modelo ideal é essencial para garantir eficiência, sustentabilidade financeira e alinhamento com as expectativas do mercado. 

Com a evolução das tecnologias e das necessidades dos clientes, os escritórios de advocacia também estão cada vez mais inovando em suas formas de atuação, permitindo que se destaquem no setor jurídico e se mantenham competitivos.

Dessa forma, com os recursos da ADVBOX, o seu escritório estará preparado para uma gestão muito mais eficiente. O foco está no cumprimento das estratégias e aplicação do modelo de negócio de maneira prática.

Você pode fazer o teste gratuito do software da ADVBOX durante 7 dias e entender, na prática, os benefícios da tecnologia para o seu modelo de negócios.

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