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Como a Controladoria sustenta o crescimento de um Escritório Inteligente

Como a Controladoria sustenta o crescimento de um Escritório Inteligente

Todo escritório jurídico já enfrentou problemas que parecem pequenos no início, mas que comprometem a operação inteira. Seja um prazo perdido por falta de conferência, uma petição que precisa ser refeita porque o padrão não foi seguido, um cliente insatisfeito por não receber retorno rápido. 

Esses erros não acontecem por falta de capacidade técnica dos advogados, mas sim pela ausência de processos claros, métricas de acompanhamento e uma estrutura que dê previsibilidade à rotina.

Diferente do que muitos pensam, essa função não se limita a “conferir prazos”, mas na verdade é um trabalho estratégico que organiza o fluxo de informações, direciona responsabilidades e transforma dados em conhecimento de gestão.

Com o avanço da automação e da inteligência artificial, a controladoria ganhou novas funções. Hoje, é possível integrar a leitura de intimações com distribuição automática de tarefas, gerar relatórios de produtividade em tempo real e cruzar informações jurídicas com resultados financeiros. É nesse ponto que o escritório inteligente transforma esse setor em um núcleo de qualidade, antecipação e estratégia

Acompanhe o texto para entender como esse modelo funciona na prática, quais tecnologias o tornam possível e por que ele é indispensável para quem deseja crescer com segurança e competitividade.

O que é a Controladoria Jurídica?

A controladoria jurídica é o setor do escritório encarregado por transformar o trabalho jurídico em processos organizados, rastreáveis e controlados. 

Ela funciona como um filtro e centro de coordenação: recebe intimações, atribui tarefas para os advogados designados, acompanha a execução, confere a qualidade das entregas e garante que tudo siga dentro das datas e padrões estabelecidos pela banca.

Na prática, significa que nenhuma atividade entra ou sai sem passar por esse núcleo. Uma nova notificação, por exemplo, não vai direto para o jurista, primeiro é registrada na controladoria, categorizada, vinculada ao processo correto e só então distribuída. 

O mesmo acontece com petições quando o advogado elabora a peça, ela passa por uma camada de revisão interna, que confere se segue o modelo, se não há erros formais e se o tempo estipulado está sendo cumprido.

Esse setor também é o responsável por gerar dados confiáveis, como rendimento da equipe, taxa de cumprimento de prazos, volume de demandas por área, percentual de retrabalho, entre outros. Esses indicadores dão ao gestor uma visão real da operação, mostrando pontos de eficiência e gargalos que precisam ser corrigidos.

Qual é a base tecnológica da Controladoria no escritório inteligente?

A controladoria só consegue cumprir sua função estratégica se estiver apoiada em um escritório inteligente. Isso porque, em um ambiente tradicional, grande parte da rotina ainda depende de planilhas manuais, conferências individuais e comunicação fragmentada. Como resultado, o setor se torna sobrecarregado, atuando mais no modo reativo do que na geração de conhecimento aplicável ao negócio.

No escritório inteligente, a realidade é outra. A tecnologia dá à ao setor as ferramentas para centralizar, sistematizar e padronizar atividades que antes exigiam horas de esforço humano. 

Uma intimação, por exemplo, não precisa mais ser lida e repassada manualmente: o sistema a captura, classifica, vincula ao caso e sugere automaticamente a tarefa ao responsável, já com data e prioridade definidos. Esse setor estratégico passa, então, a atuar como instância de validação e monitoramento, em vez de execução mecânica.

Outro ponto, é que no escritório inteligente, a controladoria não opera isolada, ela se conecta ao financeiro, ao BI e à gestão de pessoas. Desse modo, permite, por exemplo, relacionar o volume de compromissos processuais cumpridos ao faturamento gerado, identificar gargalos de produtividade em determinadas áreas ou prever a necessidade de redistribuição de demandas antes que a equipe entre em colapso.

Quais tecnologias podem ser aplicadas à Controladoria?

A controladoria jurídica depende de tecnologias que substituem atividades manuais, aumentam a confiabilidade dos dados e possibilitam ao gestor ter uma visão completa e estratégica da operação. 

Entre as principais, destacam-se: automação de intimações, distribuição automática de tarefas, integração via API, inteligência artificial, dashboards de BI, visual law e sistemas de workflow. Veja abaixo sobre cada uma:

Automação de intimações

Softwares capazes de capturar publicações diretamente dos tribunais, identificar o tipo de ato judicial, vincular ao processo correto e gerar automaticamente a tarefa para o destinatário adequado.

Além de reduzir drasticamente erros de repasse, permitem configurar alertas para prazos críticos, assegurando que nenhuma movimentação seja ignorada.

Distribuição automática de tarefas

Ferramentas que, a partir de regras pré-definidas, atribuem atividades aos juristas conforme área, especialidade ou carga de trabalho. Dessa forma, a controladoria não gasta energia na alocação manual e pode concentrar-se na supervisão e no monitoramento da execução.

Integração via API

A controladoria não deve atuar de maneira isolada. As APIs possibilitam a comunicação entre sistemas, conectando o jurídico ao financeiro, ao CRM e a outros setores da advocacia. Assim, viabiliza, por exemplo, calcular a rentabilidade de determinados clientes ou correlacionar o número de prazos cumpridos ao faturamento de cada área.

Inteligência Artificial aplicada ao fluxo jurídico

A Inteligência Artificial já está inserida na rotina da controladoria: sugere modelos de petições, aponta inconsistências em peças antes do protocolo, prioriza demandas urgentes e até antecipa cenários de sobrecarga da equipe. Com isso, o setor passa de reativo a preditivo, tomando decisões baseadas em análises antecipadas.

Dashboards de Business Intelligence (BI)

Painéis interativos que consolidam, em tempo real, indicadores como taxa de refações, cumprimento de prazos, produtividade individual e ações em risco. O diferencial está na profundidade, que além de mostrar números, o BI permite cruzar dados para revelar causas de gargalos e simular cenários futuros.

Ferramentas de Visual Law

Aplicações que tornam relatórios e indicadores mais visuais, facilitando a compreensão por sócios, gestores e clientes. A controladoria além de organizar os registros, os traduz em informações acessíveis e estratégicas, aumentando a transparência e fortalecendo a confiança.

Sistemas de workflow e automação de fluxos

Essas ferramentas padronizam as etapas do processo de trabalho (RIDT: recepção, intimação, distribuição e tarefas), assegurando que cada atividade siga o caminho correto. Além de aumentar a consistência dos fluxos, registram e rastreiam todas as ações, criando uma camada adicional de segurança e compliance.

Quais são os benefícios da Controladoria em um Escritório Inteligente?

A controladoria em um escritório inteligente traz benefícios em diversos pontos, como a redução de falhas, o ganho de produtividade em escala e decisões mais confiáveis. Sua função é vantajosa principalmente porque garante disciplina, previsibilidade e evidências sólidas para a gestão. 

Os resultados são claros e perceptíveis no funcionamento diário da operação, tornando-se indispensável para quem busca crescimento sustentável. Veja como isso de destaca:

Redução de falhas e retrabalho

Com automações, revisão padronizada de peças e acompanhamento centralizado, a controladoria elimina erros que custam caro para a gestão jurídica, como perda de cronograma ou protocolos incorretos. Desse modo, reduz o retrabalho e possibilita que a equipe use o tempo para atividades de maior valor estratégico, como análise e atendimento qualificado ao cliente.

Produtividade em escala

Ao estruturar fluxos de trabalho e alocar funções de forma equilibrada, o núcleo de gestão possibilita que a banca atenda mais demandas sem precisar aumentar a equipe na mesma proporção. Ou seja, é possível expandir mantendo a qualidade das entregas.

Segurança e confiabilidade

Nenhuma atividade entra ou sai sem passar pela controladoria. Isso assegura rastreabilidade, padronização e uma camada adicional de compliance, fundamental para operações de grande porte ou aqueles que atuam em setores regulados.

Tomada de decisão orientada por dados

A controladoria gera indicadores como taxa de prazos cumpridos, percentual de refações, rendimento por advogado e impacto financeiro de cada área. Esses dados permitem que os gestores identifiquem gargalos e planejem o crescimento com base em fatos, não em percepções subjetivas.

Integração entre áreas

Em um escritório inteligente, a controladoria está conectada ao financeiro, ao CRM e ao Business Intelligence. Isso possibilita, por exemplo, medir a lucratividade de um contrato específico ou avaliar se determinada área de atuação está gerando retorno proporcional ao esforço da equipe.

Qualidade de vida da equipe

Ao assumir a rotina de controle e monitoramento, a gestão reduz a sobrecarga dos juristas. Eles deixam de gastar energia com afazeres operacionais e podem se concentrar na estratégia processual e no relacionamento com clientes, evitando desgastes comuns em estruturas desorganizadas.

Percepção de valor para o cliente

Com relatórios claros, padronizados e entregues em tempo real, o contratante percebe transparência e profissionalismo. A controladoria se torna, assim, um diferencial competitivo, reforçando a confiança na relação contratual.

Qual é a diferença entre um escritório tradicional e um Escritório Inteligente com Controladoria?

A diferença principal está na forma como o trabalho é organizado e no nível de confiabilidade da gestão. Isso porque, o escritório tradicional atua de modo reativo, dependendo do esforço individual, enquanto o escritório inteligente com controladoria opera de maneira estruturada e previsível, com processos integrados, automações e indicadores que certificam segurança, eficiência e expansão.

No modelo tradicional, o fluxo depende quase sempre da memória e disciplina individual dos profissionais. Uma intimação chega por e-mail ou pelo site do tribunal, é repassada manualmente ao responsável e muitas vezes não há registro centralizado. 

As demandas são controladas em planilhas ou agendas pessoais, cada defensor cria seu próprio padrão de petições, e relatórios de desempenho só aparecem quando alguém para tudo para montar manualmente. O resultado são riscos constantes de perda de prazos, refações e falta de segurança financeira.

Já no escritório inteligente com controladoria, cada atividade passa por um núcleo central que administra e monitora o trâmite. A notificação é capturada automaticamente pelo sistema, vinculada ao caso correto e transformada em tarefa com data e profissional designado.

A petição produzida pelo advogado passa por uma camada de revisão interna antes do protocolo, validando padronização e qualidade. Todos os dados ficam registrados em tempo real, alimentando dashboards que mostram indicadores de produtividade, taxa de retrabalho e impacto financeiro de cada área.

Enquanto no modelo tradicional o gestor atua “no escuro”, no escritório inteligente ele enxerga a operação como um todo: sabe exatamente quais processos estão em risco, qual colaborador está sobrecarregado, quais áreas são mais lucrativas e onde estão os gargalos. Essa visibilidade permite tomar decisões rápidas, confiáveis e sustentadas por estatísticas.

Por que a Controladoria é essencial em um Escritório Inteligente?

A controladoria é indispensável em um escritório inteligente porque é ela quem assegura que toda a estrutura tecnológica e estratégica realmente funcione na prática. Sem essa função, automações, relatórios e fluxos perdem consistência, já que não há um núcleo responsável por validar, organizar e transformar essas informações em gestão.

Na rotina, esse gerenciamento:

É esse setor que transforma tecnologia em resultado concreto. Uma banca pode ter automação de intimações e até inteligência artificial, mas se não houver controladoria para centralizar, revisar e medir, a operação continua sujeita a erros e falta de previsibilidade, exatamente como acontece em modelos tradicionais.

Além disso, essa área de controle cria segurança e escalabilidade. Um escritório inteligente não depende da memória ou disciplina de um colaborador para não perder prazos; depende de processos claros, supervisionados e validados. Essa disciplina garante que o crescimento aconteça de forma sustentável, sem comprometer a qualidade das entregas.

Quem deve ser o responsável pela Controladoria em um Escritório Inteligente?

Em um escritório inteligente, a controladoria deve ser conduzida por um controller jurídico, um profissional dedicado a organizar fluxos, validar entregas e gerar indicadores confiáveis para a gestão. 

Dependendo do porte da banca, esse papel pode ser assumido por um advogado com perfil organizacional, por um administrador ou até por uma equipe especializada.

No entanto, em um escritório inteligente, esse trabalho não precisa ser feito sozinho. Aqui entra o papel da Justine, inteligência artificial aplicada à controladoria. A Justine foi criada pela ADVBOX com o intuito de ser uma  assistente digital do controller, sistematizando atividades que antes consumiam horas da equipe:

  • Leitura automática de intimações: captura publicações, classifica o tipo de ato judicial e sugere tarefas com vencimento e responsável definidos;
  • Sugestão de tarefas e prazos: indica o que precisa ser feito e quando, de acordo com as regras processuais configuradas;
  • Apoio à distribuição de atividades: ajuda a equilibrar a carga de trabalho entre colaboradores e áreas;
  • Geração de dados em tempo real: alimenta dashboards com informações precisas sobre produtividade, prazos e refação.

Com isso, o controller humano deixa de gastar tempo em rotinas repetitivas e passa a focar em análise, validação e acompanhamento estratégico. Ou seja, a Justine não substitui a controladoria, mas amplia sua eficiência, funcionando como um copiloto tecnológico que certifica agilidade, segurança e confiabilidade ao setor.

Quais indicadores a Controladoria deve acompanhar em um Escritório Inteligente?

Em um escritório inteligente, a controladoria não se limita a registrar compromissos e validar tarefas. Ela precisa acompanhar métricas como taxa de cumprimento de prazos, percentual de retrabalho, desempenho e volume de demandas, entre outras.

Isso é indispensável porque são esses dados confiáveis que orientam a gestão. Eles se transformam em indicadores (KPIs) capazes de mostrar a saúde da operação, revelar gargalos e projetar o crescimento da banca com segurança. Veja abaixo como cada um deles funciona:

  • Taxa de cumprimento de prazos: mostra se as datas processuais estão sendo respeitados e quantos foram entregues dentro do tempo estipulado. Um índice baixo acende alerta imediato de risco e necessidade de ajuste na distribuição de incumbências;
  • Percentual de retrabalho: mede quantas peças ou atividades precisaram ser refeitas por falhas formais ou descumprimento de padrões. Essa métrica revela problemas de qualidade e serve para direcionar treinamentos e revisões de fluxo;
  • Produtividade por advogado: identifica quantas entregas ou peças cada profissional apresenta em determinado período. Com esse dado, é possível equilibrar as responsabilidades e evitar tanto a sobrecarga quanto a ociosidade;
  • Tempo médio de execução de atividades: mede quanto tempo o escritório leva, em média, para transformar uma intimação em resposta protocolada. Reduzir esse tempo aumenta a eficiência e melhora a percepção de agilidade pelo cliente;
  • Volume de tarefas por área: mostra a quantidade de demandas em cada setor (previdenciário, cível, trabalhista etc.). Esse indicador ajuda a entender quais áreas estão crescendo e quais podem estar consumindo recursos sem retorno proporcional;
  • Processos em risco: identifica, em tempo real, quais ações estão próximas de perder prazo ou sofrer sanções por falhas no acompanhamento. Esse é um parâmetro importante para a prevenção de passivos e para a segurança jurídica da operação;
  • Rentabilidade por contrato: ao integrar registros da controladoria com o financeiro, o escritório consegue medir quais contratos são rentáveis e quais geram alto volume de trabalho com baixo retorno. Isso embasa renegociações e decisões estratégicas.

Como implementar a Controladoria em um Escritório Inteligente?

Implementar a controladoria em um escritório inteligente exige mais do que simplesmente criar um setor: é necessário redesenhar fluxos, adotar tecnologia adequada e alinhar a equipe a uma nova cultura de gestão. Na prática, o processo pode ser estruturado em etapas:

Mapear o fluxo de trabalho jurídico

O primeiro passo é entender como as informações circulam dentro da banca. Isso significa identificar desde a recepção de uma notificação judicial até a entrega final ao cliente. 

O mapeamento deve apontar gargalos, etapas duplicadas e pontos de risco. Normalmente, o processo segue o modelo RIDT: recepção, intimação, distribuição e tarefas.

Definir padrões e responsabilidades

A controladoria só funciona se houver padronização. É aqui que o escritório estabelece modelos de peças, critérios de revisão, prazos internos de conferência e papéis claros para cada etapa. O controller jurídico não substitui o advogado, mas garante que a entrega esteja dentro do padrão definido.

Implementar tecnologias de automação e integração

Automação de intimações, alocação sistematizada de tarefas e integração via API são fundamentais. Essas ferramentas viabilizam que o setor atue de forma estratégica, em vez de gastar tempo com atividades mecânicas. O ideal é que todos os registros alimentem dashboards de BI, que mostram em tempo real o desempenho da operação.

Estruturar a equipe de controladoria

Mesmo em estruturas menores, é possível começar com um responsável dedicado (o controller jurídico) e expandir conforme a demanda. Em operações maiores, o setor pode incluir revisores, analistas de dados e assistentes, sempre integrados ao restante da equipe.

Criar indicadores de desempenho (KPIs)

Indicadores como taxa de cumprimento de prazos, percentual de retrabalho, produtividade por profissional e tempo médio de execução de tarefas devem ser acompanhados desde o início. Essas estatísticas permitem ajustar processos e medir os ganhos reais da controladoria.

Treinar e alinhar a equipe

A implementação só terá sucesso se todos entenderem o papel da controladoria. Os advogados precisam ver o setor como aliado, não como burocracia. Isso exige treinamento, comunicação clara e a criação de uma cultura orientada a dados e qualidade.

Monitorar, ajustar e escalar

Com o fluxo rodando, é ideal acompanhar os resultados e ajustar pontos críticos. A partir daí, o setor pode ser expandido, integrando ainda mais áreas (como financeiro e atendimento ao cliente) e utilizando recursos avançados de inteligência artificial para projeções e análises preditivas.

A Controladoria serve apenas para escritórios grandes?

Não. A controladoria não é um privilégio de grandes bancas, ela é útil e necessária em qualquer escritório que queira trabalhar com organização, previsibilidade e dados confiáveis. A diferença está na escala e na forma de implementação.

Nas bancas pequenas ou individuais, esse gerenciamento pode começar de forma enxuta, com um responsável dedicado a registrar intimações, padronizar entregas e gerar relatórios básicos de prazos e rendimento. 

Nesse sentido, ferramentas de automação e apoio, como a Justine, ajudam a eliminar atividades repetitivas, permitindo que até operações com poucos advogados tenham segurança e regularidade sem sobrecarga.

Já nos escritórios médios e grandes, a controladoria ganha corpo como setor estruturado, com equipe própria e integração direta ao financeiro, ao BI e ao planejamento estratégico. Nesses casos, ela também fornece indicadores de rentabilidade por cliente, avalia a produtividade de cada área e antecipa riscos de sobrecarga.

O ponto central é que essa mentalidade de gestão não é somente um departamento físico. O que muda é a intensidade e a profundidade com que ela é aplicada: em estruturas menores, ela garante o básico (segurança e organização); em operações maiores, ela se torna uma estratégia do escritório inteligente.

Quais são exemplos práticos de uso da Controladoria em um Escritório Inteligente?

A controladoria em um escritório inteligente atua de forma estratégica em diferentes pontos da rotina. Mais do que apenas acompanhar prazos, ela organiza fluxos, revisa entregas, gera relatórios e antecipa riscos. 

Em outras palavras, certifica que a operação funcione com disciplina, excelência e previsibilidade. Alguns exemplos práticos deixam esse impacto mais claro:

Gestão automatizada de intimações

Uma intimação chega do tribunal e, em vez de ser conferida manualmente, o sistema a captura automaticamente, identifica o tipo de ato processual e gera a tarefa vinculada ao caso. O controller apenas valida e monitora, evitando perda de tempo e reduzindo a chance de erro humano.

Revisão padronizada de peças processuais

Antes de qualquer protocolo, a petição elaborada pelo advogado passa pela controladoria. O setor confere se o documento segue o modelo definido pelo escritório, se não há falhas formais e se o prazo interno foi respeitado. Esse filtro reduz retrabalho e garante padrão uniforme nas entregas.

Relatórios de produtividade em tempo real

A cada produção concluída, os dados são automaticamente registrados em dashboards de BI. Desse modo, a controladoria consegue identificar quais colaboradores estão sobrecarregados, qual área está entregando acima da média e onde há gargalos de eficiência. Com isso, a redistribuição de trabalho acontece de maneira preventiva, antes que problemas se tornem críticos.

Integração com o financeiro

Os dados da controladoria se conectam ao financeiro, possibilitando medir a lucratividade por cliente ou área de atuação. É possível, por exemplo, perceber que um contrato gera alto volume de prazos mas baixa margem de lucro, sinalizando a necessidade de renegociar honorários ou rever a estratégia de atendimento.

Prevenção de riscos

Quando uma data crítica se aproxima, a controladoria dispara alertas automáticos para advogados e gestores. Em escritórios tradicionais, esse aviso muitas vezes se perde no excesso de e-mails. No escritório inteligente, o risco é monitorado em tempo real e controlado antes de se tornar um problema.

Relatórios estratégicos para clientes

Além de administrar a operação interna, esse setor fortalece a percepção de valor para o cliente. Relatórios visuais e padronizados, atualizados em tempo real, podem ser compartilhados para mostrar andamento processual, taxa de êxito e projeções de prazo. Assim, reforça a confiança e posiciona a banca como altamente profissional e transparente.

Como a Controladoria fortalece a cultura de qualidade no Escritório Inteligente?

A controladoria fortalece a cultura de qualidade no escritório inteligente por meio da padronização das entregas, disciplina nos fluxos, responsabilidade compartilhada e feedbacks baseados em dados.

Esses elementos criam padrões claros, processos organizados e informações confiáveis que se refletem em toda a equipe. Não é sobre “controlar prazos”, mas de estabelecer uma método de trabalhar em que excelência e previsibilidade deixam de ser exceções e passam a ser regra. Na prática, isso acontece em várias frentes:

Padronização de entregas

Cada petição ou peça judicial passa pelo controller antes do protocolo, validando que o escritório fale uma linguagem única, sem erros formais e com consistência técnica. Isso cria um padrão de qualidade que o cliente percebe em cada entrega.

Disciplina nos fluxos

Com a controladoria centralizando intimações, distribuindo tarefas e monitorando prazos, a equipe aprende a trabalhar com rotinas seguras e previsíveis. A cultura do improviso dá lugar à cultura de processos bem definidos.

Responsabilidade compartilhada

Ao registrar cada etapa no sistema, todos passam a ter clareza sobre sua função e responsabilidade. O resultado é uma equipe mais comprometida com prazos e excelência, já que não há espaço para “tarefas invisíveis” ou esquecidas.

Feedback baseado em dados

A controladoria produz indicadores como taxa de retrabalho, produtividade por advogado e cumprimento de prazos. Esses indicadores permitem feedbacks objetivos, baseados em fatos, o que gera aprendizado contínuo e melhora de desempenho.

Valorização da transparência

Relatórios internos e externos (para sócios e clientes) tornam os resultados visíveis. Essa transparência fortalece a confiança, tanto dentro da equipe quanto na relação com o mercado.

Conclusão

Quando a controladoria se consolida em um escritório inteligente, ela deixa de ser somente um setor operacional e se torna um agente de cultura. É ela quem garante que cada profissional trabalhe dentro de um mesmo padrão de excelência, que a equipe aprenda a confiar em dados para evoluir e que a banca cresça sustentada por processos sólidos.

Mais do que evitar erros, a controladoria cria uma mentalidade coletiva de qualidade, na qual cada entrega carrega a marca da organização, da consistência e da confiança. Esse é o verdadeiro diferencial competitivo: não apenas advogar bem, mas advogar de forma inteligente, estável e com qualidade garantida em cada detalhe.

A advocacia que cresce de forma sustentável não depende de improviso, mas de processos inteligentes. A ADVBOX foi criada exatamente para dar à sua controladoria o poder de padronizar entregas, gerar dados confiáveis e transformar seu escritório em uma operação previsível e escalável. Faça o teste gratuito! 

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Autor
Foto - Eduardo Koetz
Eduardo Koetz

Eduardo Koetz é advogado, escritor, sócio e fundador da Koetz Advocacia e CEO da empresa de software jurídico Advbox.

Possui bacharel em Direito pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos). Possui tanto registros na Ordem dos Advogados do Brasil - OAB (OAB/SC 42.934, OAB/RS 73.409, OAB/PR 72.951, OAB/SP 435.266, OAB/MG 204.531, OAB/MG 204.531), como na Ordem dos Advogados de Portugal - OA ( OA/Portugal 69.512L).
É pós-graduado em Direito do Trabalho pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2011- 2012) e em Direito Tributário pela Escola Superior da Magistratura Federal ESMAFE (2013 - 2014).

Atua como um dos principais gestores da Koetz Advocacia realizando a supervisão e liderança em todos os setores do escritório. Em 2021, Eduardo publicou o livro intitulado: Otimizado - O escritório como empresa escalável pela editora Viseu.

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