Diversas empresas já utilizam o conceito de small data para tratar e lidar com os seus dados. Da mesma forma, um escritório de advocacia que dá o devido valor aos seus dados tem tudo para ser bem sucedido.
Com o avanço da tecnologia, a aplicação de métodos para essas análises tem se tornado cada vez mais eficiente. Atualmente, um negócio que não se baseia em dados corre sérios riscos de ter problemas.
Por isso, é fundamental entender sobre o tema para poder utilizá-lo ao seu favor. Nesse artigo, você aprenderá sobre small data. Aproveite a leitura e veja como funciona esse conceito!
O que é small data?
Small data, em uma tradução literal, significa “pequenos dados”. Trata-se da estratégia que tem como foco a qualidade dos dados coletados, e não no volume, como ocorre no big data.
O intuito é dar importância somente às informações que realmente são relevantes para a criação de estratégias e ações para o negócio.
Atualmente, existem diversos softwares capazes de trabalhar com um imenso volume de dados. Contudo, nem todos eles são úteis para uma determinada estratégia, tampouco para a tomada de decisão.
Embora seja importante ter uma visão geral dos dados que o seu escritório de advocacia possui, é fundamental fazer uma filtragem apurada deles para utilizar somente o que é essencial. E é exatamente isso que o small data propõe.
Tenha em mente que o excesso de informações pode ser negativo e ocasionar perdas e prejuízos. Logo, realizar uma análise qualitativa aliada a quantitativa é fundamental para que as companhias não percam oportunidades de ter insights valiosos e assim, tomem decisões que realmente impactam o negócio.
Como o small data funciona?
Para entender o small data, imagine que você tem em mãos um relatório gigantesco com inúmeras informações. Analisá-lo por inteiro pode ser complicado. Logo, o ideal seria reparti-lo em pedaços para conseguir assegurar uma análise eficiente de cada etapa.
Dessa forma, em vez de trabalhar com o volume de informações do relatório, você passará a focar apenas na qualidade delas. É nisso que se apoia o small data.
Assim, quem aplica esse conceito pode conseguir informações de diversas maneiras. Por exemplo, o seu escritório, para entender melhor o perfil dos clientes que atende, pode analisar as redes sociais, verificar as pesquisas de satisfação, avaliar relatórios gerados pelo CRM do escritório, analisar o tráfego do site, os artigos do blog mais acessados, dentre outros aspectos.
Mais do que se preocupar em reunir o máximo de informações possíveis para encontrar respostas para o que precisa, o que importa é assegurar que os dados coletados sejam de qualidade, estejam organizados, sejam acessíveis e fáceis de compreender.
Esse tipo de trabalho é vantajoso inclusive para escritórios de advocacia de pequeno e médio porte. Isso porque, dessa maneira, conseguem usar as informações coletadas para prever tendências e comportamentos, destinar recursos financeiros de maneira inteligente, dentre outras vantagens.
Dessa forma, companhias de todos os portes podem ter mais agilidade na tomada de decisões em diversas esferas e setores.
Aproveite e complemente a leitura desse artigo e veja o vídeo abaixo sobre a importância de se ter uma visão analítica do seu negócio:
Qual é a diferença entre small data e big data?
Primeiramente, é preciso ter em mente que small data e big data são conceitos complementares. Isso significa que, na prática, ambos podem ser usados em conjunto e podem ser aplicados sob o mesmo olhar, só que sob uma perspectiva diferente.
Ademais, ambos devem ser utilizados para gerar insights e facilitar a tomada de decisão. Veja abaixo algumas diferenças entre os conceitos!
Quantidade de dados
O big data é o conceito que se refere à análise de uma combinação de dados considerando os três Vs: volume, variedade e velocidade. Sendo assim, nesse conceito, lidamos com uma imensa quantidade de informações, as quais contribuem para embasar as decisões dos responsáveis pelo negócio.
Por outro lado, o small data visa analisar um conjunto de dados em volume muito menor, bem como em formato reduzido. Isso faz com que as informações sejam mais acessíveis e compreensíveis.
Sincronia
Embora small data e big data sejam conceitos distintos, eles possuem proximidade. Assim, coexistem nas estratégias e ações das companhias.
Um exemplo torna o entendimento melhor. Nos escritórios de advocacia, o small data pode se encarregar de coletar dados sobre os serviços jurídicos mais buscados e o perfil dos clientes que procuram esses serviços.
Esses dados podem ser processados por ferramentas de big data para ajudar a entender as razões para o aumento repentino na carteira de clientes e assim, ajudar a melhorar o atendimento ao cliente e a prestação de serviços.
Em suma, enquanto o big data foca em análises em grande escala, o small data fornece informações mais precisas, enfatizando a qualidade. Ou seja, este último entrega pequenas informações que são extremamente valiosas.
Diferenças gerais
Por fim, para conseguir visualizar melhor as diferenças entre small data e big data, veja abaixo um apanhado geral sobre os 2 conceitos:
- O big data trabalha com petabytes, enquanto que o small data agrupa pequenas quantidades de dados;
- No big data, as informações exigem tempo para serem extraídas, enquanto que no small data, os dados podem ser extraídos mais rapidamente;
- O big data colhe dados de armazenamento em nuvem, SQL, banco de dados e diversas outras fontes, enquanto que o small data colhe informações por pcs.
Ou seja, os conceitos se complementam e podem ser utilizados em conjunto por companhias para coletar dados e analisá-los.
Quais são as vantagens do small data?
Quais benefícios o small data pode proporcionar a um negócio? E mais: quais vantagens especificamente pode trazer para os escritórios de advocacia? Veja abaixo algumas considerações!
Decisões com foco nas necessidades dos clientes
Uma das primeiras vantagens a se comentar sobre a utilização do small data é que o conceito permite que o seu escritório de advocacia tome decisões focadas nas necessidades do cliente, principalmente para tornar a jornada da compra e o processo de vendas melhor.
Melhora processos
Toda companhia, independente da área de conhecimento, deseja produzir mais com menos e precisa otimizar os seus processos internos o máximo que puder. Nesse contexto, o small data pode auxiliar os gestores a otimizar os resultados e direcionar melhor os recursos disponíveis.
Business intelligence (BI)
O business intelligence, conhecido também como inteligência de negócios, é fundamental para negócios que desejam se manter competitivos e fortes no mercado. Com o auxílio do small data, todo o escritório pode se tornar mais conectado e atuar de forma inteligente.
Desse modo, é possível, por exemplo, alinhar os esforços das equipes às necessidades dos clientes e do escritório, evitando, assim, excessos e improdutividade.
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Qualifica melhor os dados
Conforme comentado, o foco do small data está na qualidade dos dados, e não na quantidade. Dessa maneira, as análises ficam mais precisas. Essa qualificação é fundamental para o bom andamento de todos os setores do escritório. Isso porque facilita o contato entre a equipe e melhora as negociações, dentre outras questões.
Como aplicar o small data?
Martin Lindstrom publicou o livro “Small data: como poucas pistas indicam grandes tendências”. Em sua obra, o autor cita companhias que superaram dificuldades utilizando-se da análise de dados pelo small data.
Uma das organizações citadas é a Lego. A companhia viu as suas vendas caírem drasticamente, principalmente por causa das novas tecnologias e opções de entretenimento mais atraentes para as novas gerações de crianças.
Para superar esse problema, a Lego utilizou-se do small data para entender melhor o seu público e compreender o perfil das pessoas que consumiam os seus produtos.
Dessa forma, por meio de pesquisas, a companhia identificou características em comum entre essas pessoas. A partir das respostas encontradas, extraíram insights e aplicaram essas descobertas nas estratégias da empresa, modificando os seus produtos. O resultado foi o aumento das vendas e um fortalecimento da marca no mercado.
Conforme o autor, ao utilizar o big data, a Lego não recebia dados que refletiam a realidade e os gostos das crianças. Sendo assim, se não tivessem utilizado o small data, provavelmente teriam ido à falência.
Foi com o foco em dados qualitativos, em uma perspectiva micro, que a Lego conseguiu entender o que estava acontecendo para redirecionar as suas ações.
Diante desse caso, é possível aplicá-lo ao contexto dos escritórios de advocacia. Se o seu escritório está com problemas, perdendo clientes ou não conseguindo atrair novos prospectos, o small data pode ser a solução para encontrar os motivos e redirecionar os esforços da sua equipe.
O que é wide data?
Outro conceito muito utilizado e que pode confundir quem está aprendendo sobre o universo da análise de dados é o wide data. Em uma tradução literal, o termo significa “dados amplos”.
O wide data permite a análise e a sinergia de diversas fontes de dados, estruturados, semi estruturados ou não estruturados, independente do tamanho.
Isso significa que o foco desse conceito é buscar elos entre fontes existentes, que podem ser diversas, como imagens, vídeos, áudio, dentre outras.
Tanto o small data quanto o wide data podem reduzir a dependência do big data e permitem uma visão mais ampla do negócio, mesmo que trabalhe com um volume muito menor de dados.
O small data é um conceito que precisa ser conhecido por todos os gestores e líderes de escritórios de advocacia que desejam manter o negócio estratégico e eficiente. Lembre-se de estudá-lo juntamente com outras metodologias, como big data e business intelligence para assim, encontrar o melhor para o seu escritório e ter bons resultados.
E se você gostou desse artigo, aproveite para aprender sobre as diferenças entre business intelligence e analytics!