A remuneração na advocacia é um fator muito importante para garantir e manter bons resultados. Inclusive, é um dos aspectos que mais devem ser analisados por gestores de escritórios.
Infelizmente muitos sequer imaginam o impacto disso no crescimento do escritório. Muitas empresas, dos mais variados setores do mercado, acabam errando e pensando de forma equivocada sobre essa questão.
Nesse artigo, você entenderá a importância de se dar valor para a remuneração na advocacia e verá como funcionários bem pagos podem impactar positivamente no escritório.
Boa leitura!
Como é a remuneração na advocacia?
Primeiramente, é preciso deixar claro que não existe uma única forma de remuneração na advocacia. Ou seja, um advogado pode receber pelo seu trabalho de diversas maneiras.
Se ele é autônomo a remuneração será variável e dependerá da quantidade de clientes que atender e dos seus processos judiciais e serviços consultivos.
Por outro lado, se for empregado de um escritório ou empresa terá o seu salário mensal e pode até ganhar “comissões” por processos ou clientes atendidos no mês. Assim, a sua remuneração pode variar, mas ele terá um salário fixo garantido.
Além disso, existe o advogado associado. Ele não é um empregado e pode prestar serviços para mais de um escritório. Inclusive, ele pode ter os seus próprios clientes.
A remuneração dele costuma variar conforme o número de demandas que possui no mês. Entretanto, alguns escritórios negociam um salário fixo e uma porcentagem nos ganhos todo mês.
Em síntese, um advogado pode ser remunerado de diversas formas. Os gestores de escritório precisam se atentar aos direitos de cada modalidade de contratação, se é CLT ou parceria com associados para evitar prejudicar os direitos trabalhistas deles.
Além disso, essa é uma questão que precisa sempre ser analisada, pois os escritórios precisam saber a melhor modalidade para si, conforme os seus objetivos. Uma escolha ruim pode prejudicar o negócio em muitos quesitos, seja financeiramente ou até na gestão.
Qual é a área da advocacia mais bem paga?
Essa é uma questão muito difícil de ser respondida, uma vez que os ganhos são variáveis e dependem de um sem número de questões. Por isso é sempre melhor ficar atento às forma de remuneração.
Não existe a melhor ou pior forma de remuneração na advocacia. Cada escritório precisa pensar na forma de contratação dos seus advogados e observar as leis específicas para cada modalidade.
Contudo, isso não significa que pode existir acordo entre o escritório e o profissional para realizar os pagamentos de forma diferente (desde que não viole o disposto em lei).
Para garantir a produtividade da equipe e mantê-la satisfeita, diversas empresas passaram a adotar a chamada remuneração por desempenho. Mais a frente, você entenderá como ela funciona.
Agora, entenda a diferença entre remuneração e salário.
Como se tornar um advogado rico?
Foco no empreendedorismo e investimentos acertados são a melhor forma de se obter grandes ganhos financeiros na advocacia.
Mas mais importante que isso é compreender as dinâmicas do mercado em que se está inserido e as diferenças existentes em questões como, por exemplo, remuneração e salário para um advogado.
Embora os termos sejam utilizados como sinônimo, a verdade é que existe diferença entre eles. Veja abaixo o que realmente é cada um.
1. Salário
Conforme o artigo 72 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), o salário é a contraprestação que o empregador precisa pagar aos trabalhadores pelos dias trabalhados.
Em outras palavras, o trabalhador vende a sua força de trabalho e o seu tempo para o empregador, que deve remunerá-lo por isso.
No Brasil, é fundamental respeitar o salário mínimo, que sofre reajuste todo ano. Desse modo, sempre que se inicia um novo ano, o empregador deve verificar o valor mínimo a ser pago para 44 horas semanais.
Entretanto, vale mencionar que alguns estados possuem um salário regional, que costuma ser maior que o salário mínimo definido pelo Governo Federal. Esse é o caso de Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Paraná e São Paulo, por exemplo.
2. Remuneração
Ao contrário do salário, a remuneração se refere a todos os rendimentos que o funcionário recebe.
De modo geral, na remuneração estão incluídos todos os benefícios combinados no contrato de trabalho, como ganhos extras, comissões, porcentagem, benefícios e o próprio salário.
Isso significa que a remuneração pode ser estipulada conforme a forma de trabalho. Assim, ela pode ser mensal, por tarefa, por hora, por desempenho, por resultados, dentre outros.
Alguns “ítens” que podem fazer parte da remuneração de um trabalhador são:
- Adicional de insalubridade;
- Adicional noturno;
- Horas extras;
- Participação nos lucros;
- Gratificações e gorjetas;
- Gastos de viagens;
- Comissões;
- Incentivos do escritório, etc.
Tais quesitos fazem parte da base de cálculo do décimo terceiro salário, rescisão contratual, férias, dentre outros direitos.
Lembre-se que qualquer receita externa, como um incentivo ou uma premiação em dinheiro, deve ser definida como remuneração.
Mas afinal, qual é a real diferença entre salário e remuneração na advocacia?
Entender como pode funcionar a remuneração na advocacia e a diferença entre os termos é fundamental para evitar problemas judiciais e lesar os direitos dos trabalhadores.
Além disso, cada um deles representa um item completamente diferente. A remuneração não se resume somente ao salário, mas todo salário é um tipo de remuneração, sendo esta mais abrangente.
Em suma, enquanto o salário é o pagamento pelo serviço do trabalhador, a remuneração é o somatório do salário com todos os “benefícios” estipulados em contrato.
Aproveite para entender na live abaixo mais sobre remuneração e carreira na advocacia. Afinal, o que analisar para garantir o sucesso do negócio e do profissional? Veja abaixo!
Como ser mais produtivo na advocacia?
Lembra de quando foi dito que a remuneração na advocacia é um aspecto muito importante? Isso porque ela tem impacto direto nos resultados do escritório. O motivo é simples: a remuneração está diretamente ligada à produtividade.
As pessoas precisam de incentivo para continuar trazendo resultados e principalmente, para sentir que possuem um propósito. Desse modo, uma remuneração justa é fundamental para manter talentos, deixar os trabalhadores produtivos, motivados e satisfeitos com o cargo que possuem.
Por outro lado, uma baixa remuneração causa descontentamento, evasão de trabalhadores e uma alta rotatividade. Isso porque, assim, as pessoas perdem a vontade de trabalhar e fazem apenas o necessário para manter o cargo até encontrar outro melhor.
Dessa forma, é fundamental oferecer uma remuneração competitiva, pois isso contribui para o escritório ser visto como um bom local de trabalho.
Trabalhadores felizes, produtivos e que recebem reconhecimento trazem resultados para o negócio. Nunca se esqueça disso.
Aproveite e veja os artigos abaixo para complementar a leitura:
- Produtividade na advocacia: como elevar resultados de equipes
- Home office na advocacia: como trabalhar com times a distância?
- Qual é a importância da produtividade para escritórios? Entenda!
- Como a gestão por tarefas aumenta a produtividade no escritório de advocacia?
O que melhorar num escritório de advocacia?
As pessoas gostam de ser bem remuneradas. No ramo jurídico, isso não é diferente. Afinal, é preciso muito estudo, preparação e atuação para conseguir se tornar um profissional competente.
Sendo assim, o dinheiro que recebem como contraprestação pelo trabalho exercido é sim importante e pode impactar muito no trabalho e bem estar do advogado. Embora seja um aspecto essencial, somente isso não basta.
Existem outros pontos que impactam no bem estar e na produtividade do colaborador. Veja alguns abaixo.
1. Clima organizacional
Ninguém gosta de trabalhar em um lugar com um ambiente tóxico, no qual há falta de reconhecimento, competições, intrigas e falta de comunicação entre os membros da equipe e o gestor. Nem mesmo um alto salário é capaz de manter um trabalhador em um local com um péssimo clima organizacional.
É fundamental construir um ambiente harmônico onde o respeito seja preservado para que todos se sintam bem. Isso porque o bem estar impacta profundamente na produtividade das pessoas.
2. Boa liderança
As pessoas pedem demissão por terem chefes ruins. Conforme o levantamento da empresa Gallup, cerca de 50% das pessoas pedem demissão por causa do líder da equipe.
Sendo assim, é fundamental realizar uma gestão eficiente da equipe, demonstrar segurança, ter uma comunicação clara e buscar entender as necessidades de cada um.
2. Plano de carreira ou incentivos
Oferecer incentivos, como premiações por bater metas e um plano de carreira também contribui para que o colaborador se mantenha motivado. Logo, é importante planejar esses aspectos e ouvir o que os membros da sua equipe anseiam para o futuro da carreira deles.
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Como funcionam os grandes escritórios de advocacia?
O que diferencia um grande escritório são suas estratégias de produtividade, muitas delas relacionando o desempenho pessoal com a remuneração dos advogados.
Mas afinal, no que consiste isso?
Também conhecida como remuneração por performance, ela está atrelada à remuneração variável. De acordo com o próprio nome, os pagamentos ocorrem conforme a mensuração do desempenho e produtividade dos funcionários.
Tal modelo funciona em todo tipo de segmento de mercado, sendo aplicável em diversos setores. Logo, no escritório de advocacia, os gestores podem implementá-lo em todos os setores que desejarem.
A remuneração por desempenho pode seguir um padrão mais subjetivo, considerando as metas individuais de cada um, ou generalizado, considerando o que toda a equipe precisa conquistar.
Desde já, é preciso ter em mente que esse tipo de pagamento depende de uma definição de metas claras e objetivos realistas. Após isso, é possível utilizar meios de pontuar e mensurar o desempenho dos trabalhadores para verificar se eles conseguiram alcançar as metas.
Tal incentivo é de curto prazo. Logo, os pagamentos devem ocorrer em no máximo 1 ano. O mais comum é que ocorra a cada trimestre ou semestre, que é quando os gestores buscam avaliar a performance da equipe e ver se estão alcançando as metas ou já as alcançaram.
1. Quais são as características da remuneração na advocacia por desempenho?
Se você acredita que a remuneração na advocacia pode ser por desempenho, precisa também compreender as características desse modelo.
A principal característica dele é o reconhecimento dos profissionais que conseguem ter uma alta produtividade. Assim, eles podem receber incentivos financeiros, prêmios ou outras bonificações que servem para reconhecer o esforço e podem até elevar ainda mais o desempenho, visto que se sentem reconhecidos e motivados.
Além disso, esse tipo de sistema avalia se os colaboradores sabem trabalhar em equipe, visto que a remuneração pode ser composta por metas colaborativas, sejam gerais ou por setor, além de estabelecer um objetivo em comum para se alcançar.
Da mesma forma, a remuneração por desempenho incentiva que os colaboradores desenvolvam as suas habilidades para aperfeiçoar ainda mais o trabalho que exercem.
2. Quais são as vantagens da remuneração na advocacia por desempenho?
A princípio, uma das maiores vantagens em aplicar esse modelo de remuneração na advocacia é melhorar a conexão e a integração da equipe, que trabalhará em conjunto para alcançar os resultados almejados.
Juntamente com isso, a motivação dos trabalhadores tende a melhorar, visto que o pagamento ocorre a partir do alto desempenho para se obter os resultados.
Nesse sentido, a remuneração por desempenho contribui para atrair e reter talentos, visto que podem receber incentivos financeiros por se qualificar, se desafiar e por seus méritos.
Portanto, esse modelo pode ser uma estratégia para manter o escritório sempre com uma boa performance e altamente competitivo, visto que promove a proatividade de todos e vincula os objetivos de cada um ao sucesso da organização.
3. Quais são as desvantagens remuneração na advocacia por desempenho?
É difícil encontrar desvantagens de aplicar esse modelo de remuneração na advocacia. Contudo, é preciso ter atenção a alguns detalhes para evitar que elas apareçam.
O primeiro ponto de atenção é em relação ao planejamento. A remuneração por desempenho precisa ser planejada de forma inteligente para alcançar o sucesso do escritório, e não somente o lucro.
Ou seja, o projeto não deve apenas focar na quantidade de tarefas, pois isso pode afetar a qualidade delas e prejudicar os resultados. Logo, é fundamental desenvolver um programa equilibrado, estabelecendo metas individuais e coletivas claras para evitar desentendimentos.
Além disso, ela não deve, de forma alguma, fomentar uma competição interna entre os membros da equipe. Portanto, é preciso ter cuidado para não enfatizar um colaborador específico em vez do time, o que faz com que o esforço seja mal distribuído.
Tenha em mente que a equipe precisa trabalhar em harmonia para que as tarefas sejam entregues no tempo certo e com um bom nível de qualidade.
4. Como colocar esse modelo de remuneração em prática?
Em primeiro lugar, é primordial estabelecer um salário justo e competitivo no mercado. Sem isso, o trabalhador dificilmente se manterá interessado no cargo. Além disso, é fundamental alinhar metas e expectativas quanto ao trabalho.
Dessa forma, as metas não ficam atreladas ao salário, mas se torna um bônus pelo mérito e alta produtividade, contribuindo para uma melhora constante de cada pessoa.
Nesse ínterim, os gestores precisam realizar avaliações objetivas (jamais subjetivas) dos colaboradores e identificar a diferença de desempenho de cada membro para identificar quem atende as expectativas, quem supera as metas e quem não as atinge.
Para isso, é importante contar com o auxílio de ferramentas para realizar essas avaliações e adotar indicadores para mensurar os resultados. Vale mencionar que o software jurídico da ADVBOX permite avaliar a produtividade dos trabalhadores.
Uma maneira de fazer isso é determinando 50% de metas individuais e 50% de metas em equipe. Assim, a remuneração considera o trabalho em equipe e a motivação pessoal de cada um dos membros. Entretanto, o gestor pode definir o melhor modelo para o escritório.
Em conclusão, a remuneração na advocacia pode ocorrer de diversas maneiras. Esse é um aspecto que todo gestor precisa dar atenção, visto que reflete diretamente nos resultados do escritório e na produtividade de todos.
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