lider operacional
Gestão de Equipes e Liderança

Líder operacional: o que é, função, tarefas e salário

Os escritórios jurídicos podem adotar diversos estilos de gestão, conforme seus objetivos e abordagens. A liderança operacional, em particular, destaca-se por seu foco na gestão das atividades internas. 

No entanto, essa função atua principalmente como um facilitador de pessoas e um conector entre a estratégia e a execução.

Acompanhe neste texto o trabalho e a contribuição desse profissional na rotina advocatícia.

O que é ser líder operacional?

Ser líder operacional significa ser o elo entre a estratégia do escritório de advocacia e a execução no dia a dia. Esse profissional assegura que tudo funcione de forma eficiente, coordenando processos, solucionando problemas e coordenando equipes para atingir os objetivos organizacionais.

Ele está presente na rotina, distribuindo tarefas, acompanhando resultados e certificando que todos tenham o suporte adequado para entregar o melhor possível.

Para isso é necessário ter uma visão analítica para otimizar fluxos de trabalho, resolver desafios rapidamente e manter o engajamento dos colaboradores. Ele é um facilitador, alguém que equilibra a produtividade com a motivação do time, sempre buscando melhorias contínuas.

Qual a função de um líder operacional? 

Ser um líder operacional envolve muitos deveres e responsabilidades. Para isso, ele precisa estar sempre um passo à frente, antecipando demandas, identificando obstáculos e garantindo que o time esteja qualificado para desempenhar suas funções adequadamente.

Para esse papel, é importante ter uma boa consciência situacional, ou seja, a capacidade de analisar o ambiente de trabalho e reconhecer o que precisa ser melhorado, como otimizar os recursos disponíveis e quais são os pontos fortes da equipe. 

Além disso, ele precisa estar atento a possíveis riscos e obstáculos, buscando soluções antes que eles impactem a dinâmica do setor.

Isso porque ele deve auxiliar na manutenção do escritório, para que se mantenha um funcionamento fluido e voltado para o crescimento.

O que faz um líder de operacional?

O líder operacional está imerso na rotina diária. Ele acompanha métricas, conduz reuniões, lida com contratempos imediatos e assegura que todos os colaboradores tenham clareza sobre seus papéis e obrigações.

Veja abaixo as principais responsabilidades e atribuições do cargo no dia a dia de trabalho.

1. Acompanhar a produtividade dos colaboradores e remover barreiras de trabalho

Um dos principais desafios de qualquer gestão é manter o ritmo e o rendimento do time. O profissional precisa estar atento a gargalos, identificar pontos de melhoria e agir rapidamente para eliminar qualquer barreira que possa atrapalhar o fluxo de trabalho.

Isso inclui desde a falta de recursos e processos ineficientes até problemas de comunicação entre departamentos. 

Dessa forma, ele deve certificar que a equipe tenha tudo o que precisa para executar suas funções sem impedimentos — seja resolvendo um problema técnico, como um notebook com defeito, ou oferecendo suporte para aprimorar o uso de uma ferramenta de necessária para a rotina.

2. Preparar e conduzir as reuniões operacionais

Reuniões operacionais são momentos específicos para alinhar expectativas, revisar o progresso e ajustar rotas. Por isso, cabe a essa liderança planejar e conduzir esses encontros de forma objetiva e produtiva, evitando encontros longos e desgastantes.

Para isso, ele deve definir uma pauta clara e focar na resolução de problemas, análise de desempenho e distribuição de responsabilidades. Além disso, todos os participantes devem sair com clareza sobre suas próximas ações.

3. Gerenciar a Planilha Operacional

O acompanhamento de dados e métricas é importante para qualquer gestor. A Planilha de Controle (ou qualquer outro sistema de gestão utilizado) deve ser mantida atualizada e bem organizada, permitindo uma visualização clara do andamento dos processos.

Esse gerenciamento ajuda a detectar padrões, prever possíveis gargalos e tomar decisões baseadas em dados concretos, em vez de suposições.

Gerenciar todas essas informações manualmente pode ser um desafio. Com a ADVBOX, você tem acesso a um sistema completo que automatiza a gestão de processos, organiza as tarefas do time e acompanha métricas de produtividade em tempo real.

4. Tratar tensões e conduzir a tomada de Decisão por Consentimento

Conflitos fazem parte de qualquer ambiente de trabalho, mas ignorá-los pode comprometer a rentabilidade e o clima corporativo. O líder operacional deve atuar como um mediador, identificando tensões no time e tratando-as de forma transparente e construtiva, antes que se tornem problemas maiores.

Além disso, ele deve facilitar a tomada de decisão por consentimento, um modelo no qual todos os envolvidos são ouvidos e a escolha final leva em conta os diferentes pontos de vista. 

Esse método promove maior engajamento da equipe, reduz resistências na implementação de mudanças e garante que os caminhos escolhidos sejam mais equilibrados e assertivos.

5. Pedido de Aconselhamento

Um gestor eficaz não precisa ter todas as respostas, mas deve saber onde buscá-las. O Pedido de Aconselhamento é uma prática que envolve consultar especialistas, colegas ou superiores antes de chegar a conclusões importantes.

Essa abordagem reduz riscos, eleva a qualidade das determinações e fortalece o espírito de equipe, pois os colaboradores percebem que suas opiniões são valorizadas.

6. Revisão mensal de tarefas

Com as mudanças constantes nos mercados e nas tecnologias, os procedimentos que serviam bem ontem podem já não ser funcionais hoje. Por isso, é preciso realizar uma revisão periódica das tarefas, para que cada atividade esteja harmonizada com os objetivos estratégicos da banca jurídica.

A revisão mensal permite ajustes antes que pequenos problemas se tornem grandes obstáculos, além de certificar que os funcionários estejam sempre alinhados com os objetivos da banca. 

Assim, evita a estagnação e certifica que o time esteja sempre evoluindo, entregando melhores resultados com o menor esforço possível.

7. Feedback de produtividade

O feedback é uma ferramenta essencial para o desenvolvimento da equipe. O líder operacional deve fornecer retornos constantes sobre a performance dos colaboradores, destacando tanto os pontos fortes quanto as áreas passíveis de aprimoramento.

Esse feedback deve ser claro, construtivo e baseado em dados concretos, ajudando cada membro a entender seu impacto no resultado geral e como pode evoluir profissionalmente.

8. Seleção de papéis 

Cada pessoa tem habilidades e pontos fortes diferentes. Um bom gestor não apenas distribui tarefas, mas também entende o potencial de cada funcionário e direciona-os para aquelas onde possam contribuir mais e se desenvolver melhor.

Isso envolve entender as competências individuais, oferecer oportunidades de desenvolvimento e ajustar atividades conforme a necessidade do escritório de advocacia e o crescimento profissional de cada um.

Quando as pessoas atuam em funções alinhadas com seus talentos, a produtividade aumenta, o ambiente se torna mais positivo e os resultados são significativamente melhores.

Qual a diferença entre ter ou não um líder operacional?

A diferença entre um fluxo bem estruturado e um cheio de falhas muitas vezes está na presença (ou ausência) de uma liderança. A presença de um líder operacional assegura que as rotinas sejam bem planejadas, a equipe tenha clareza sobre suas obrigações e problemas sejam resolvidos com rapidez

Sem um líder operacional, o escritório pode enfrentar desorganização, retrabalho e dificuldades na comunicação entre setores, afetando diretamente a produtividade e os resultados.

Quando há uma boa gestão, o escritório ganha:

  • Mais eficiência e produtividade: as tarefas são bem distribuídas, processos são otimizados e o time trabalha com precisão;
  • Menos problemas e gargalos: ele reconhece obstáculos rapidamente e age para eliminá-los antes que causem impactos maiores;
  • Equipes mais engajadas: com boa comunicação e suporte constante, os colaboradores se sentem mais motivados e focados;
  • Melhor comunicação entre setores: atua como elo entre diferentes áreas, para que tudo funcione de forma integrada;
  • Tomadas de decisão mais ágeis: analisa dados, acompanha indicadores e ajusta estratégias em tempo real.

Já quando não há esse gerenciamento, os desafios aumentam:

  • Processos desorganizados: obrigações ser mal divididas, levam à sobrecarga ou desperdício de tempo;
  • Falta de clareza na execução: os colaboradores têm dificuldade em entender suas responsabilidades, resultando em retrabalho e atrasos;
  • Mais conflitos e dificuldades no ambiente de trabalho: sem um ponto de referência para resolver tensões e alinhar expectativas, os problemas se acumulam;
  • Decisões demoradas e pouco assertivas: sem um responsável pelo fluxo das atividades, o processo decisório fica fragmentado e menos assertivo.

Qual é o salário de um líder operacional?

O salário de um líder operacional tem uma média de R$ 3.000, mas pode variar conforme o porte do escritório, a localização e a experiência do profissional.

Diferente de setores como logística e indústria, onde esse cargo já é bem consolidado, no Direito esse cargo tem se tornado cada vez mais indispensável para garantir a otimização e organização dos processos internos.

Em bancas médias ou grandes, os valores tendem a aumentar, chegando a aproximadamente R$ 8.000. Especialistas com mais experiência em gestão de equipes, implementação de fluxos administrativos e uso de tecnologia para otimizar práticas legais costumam ser mais valorizados e alcançar remunerações ainda mais altas.

Além do salário fixo, alguns lugares oferecem pontuação por produtividade, participação nos lucros e benefícios como plano de saúde e auxílio-educação, incentivando a capacitação contínua.

Com o crescimento da advocacia digital e a necessidade de um gerenciamento mais funcional, a demanda por esses especialistas na área jurídica tende a aumentar, tornando essa ocupação ainda mais estratégica e estimada.

Vale a pena criar o papel de líder operacional no negócio?  

Sim, vale muito a pena, principalmente para escritórios de advocacia que estão crescendo ou enfrentam complicações na gestão dos processos internos.

Esse profissional é responsável por confirmar que os colaboradores entendam o que precisa ser feito, que os prazos sejam cumpridos e que cada etapa funcione de forma otimizada, sem gargalos.

Quando faz sentido a contratação?

  • Se o escritório tem dificuldades na organização do fluxo de trabalho: retrabalho, prazos perdidos e processos desalinhados indicam a necessidade de um especialista para estruturar tudo com competência;
  • Se os sócios e advogados estão sobrecarregados com tarefas operacionais: muitas bancas dependem exclusivamente dos advogados para gerenciar a rotina, o que pode tirar o foco das atividades jurídicas mais estratégicas;
  • Se há um crescimento do volume de clientes e casos: com um número maior de demandas, a complexidade aumenta, tornando essencial a presença de alguém que organize e otimize o dia a dia da advocacia;
  • Se a comunicação entre setores está falha: quando há desalinhamento entre equipe, financeiro, atendimento e suporte ao cliente, é necessário um profissional que atue como elo entre todas as áreas.

Conclusão

Enquanto os líderes estratégicos traçam a visão do negócio, são os responsáveis pela operação que transformam essa visão em realidade.

Eles atuam para desdobrar metas amplas em processos e atividades diárias, garantindo que cada etapa seja executada com agilidade. Geralmente, esses profissionais se destacam pela organização e pela capacidade excepcional de gerenciar múltiplas tarefas simultaneamente.

Além de coordenar as atividades, eles também podem atuar na padronização de procedimentos, como a criação de um manual interno, para que toda a equipe compreenda suas funções com clareza.

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TRIAL
Autor
Foto - Eduardo Koetz
Eduardo Koetz

Eduardo Koetz é advogado, escritor, sócio e fundador da Koetz Advocacia e CEO da empresa de software jurídico Advbox.

Possui bacharel em Direito pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos). Possui tanto registros na Ordem dos Advogados do Brasil - OAB (OAB/SC 42.934, OAB/RS 73.409, OAB/PR 72.951, OAB/SP 435.266, OAB/MG 204.531, OAB/MG 204.531), como na Ordem dos Advogados de Portugal - OA ( OA/Portugal 69.512L).
É pós-graduado em Direito do Trabalho pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2011- 2012) e em Direito Tributário pela Escola Superior da Magistratura Federal ESMAFE (2013 - 2014).

Atua como um dos principais gestores da Koetz Advocacia realizando a supervisão e liderança em todos os setores do escritório. Em 2021, Eduardo publicou o livro intitulado: Otimizado - O escritório como empresa escalável pela editora Viseu.

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