o que o bacharel em direito pode fazer

Entenda os aspectos essenciais do título extrajudicial no CPC

A advocacia é uma área repleta de termos e conceitos que requerem compreensão detalhada. Um desses termos é o “título executivo extrajudicial CPC”, presente no Código de Processo Civil (CPC). Vamos aprofundar nosso conhecimento sobre este instrumento jurídico essencial.

Quais são os títulos executivos extrajudiciais CPC?

O artigo 784 da Lei nº 13.105 de 16 de Março de 2015 detalha o que constitui um título executivo extrajudicial. Portanto, esse título é um documento crucial para a administração da Justiça, permitindo a execução de certas obrigações.

1. Os diversos tipos de título executivo extrajudicial CPC:

  1. Letra de câmbio, nota promissória, duplicata, debênture e cheque: Instrumentos amplamente reconhecidos no mundo jurídico e financeiro;
  2. Escritura pública ou outro documento público assinado pelo devedor: Formalidades que garantem a autenticidade da dívida;
  3. Documento particular assinado pelo devedor e por duas testemunhas: A presença de testemunhas fortalece a validade do documento;
  4. Instrumento de transação referendado por órgãos e profissionais do Direito: Garante que ambas as partes estejam de acordo;
  5. Contrato garantido por hipoteca, penhor, anticrese ou outro direito real de garantia e aquele garantido por caução: Esses contratos têm garantias adicionais que asseguram seu cumprimento.

2. Requisitos para a execução de um título

O art. 783 do Novo CPC estabelece que para que se execute um título se deve representar uma obrigação que seja:

  • Certa: a obrigação precisa ser clara, sem ambiguidades;
  • Líquida: deve-se saber exatamente o que se exigirá no processo de execução;
  • Exigível: Aaobrigação deve estar vencida, dando direito ao credor de cobrá-la.

2. A importância da exigibilidade

A exigibilidade é um elemento fundamental para a validade de um título executivo extrajudicial. Contudo, como ressaltado pelo Superior Tribunal de Justiça, um título só é apto a embasar um processo executivo quando é exigível.

3. Diferenciação entre Título Executivo Judicial e Extrajudicial

É essencial discernir entre os títulos executivos judiciais e extrajudiciais.

Enquanto o título executivo judicial deriva de uma decisão proveniente de um órgão jurisdicional, o título executivo extrajudicial, como já mencionado, é um documento que não precisa da intervenção judicial para ser reconhecido como válido.

Ou seja, este último pode ser resultante de acordos privados, como contratos, ou documentos públicos, como escrituras.

Para que serve o título executivo extrajudicial?

No universo advocatício, o título executivo extrajudicial é de extrema importância. Ele facilita e acelera o processo de execução, pois já carrega consigo a presunção de liquidez, certeza e exigibilidade, sem necessidade de um processo de conhecimento prévio.

Contudo, ao apresentar um título executivo extrajudicial, o credor já está um passo à frente na busca pelo cumprimento de sua demanda.

Como funciona o processo de execução de título extrajudicial?

Ao se deparar com uma situação de inadimplência, o credor, munido de um título executivo extrajudicial, pode diretamente ingressar com uma ação de execução. Ou seja, isso otimiza o tempo e os recursos, permitindo que as partes envolvidas alcancem uma resolução mais rápida.

Por exemplo, imagine um contrato de prestação de serviço jurídico que estipula um valor e um prazo para pagamento.

Entretanto, se o devedor não cumprir com sua obrigação no prazo estabelecido, e o contrato estiver assinado por duas testemunhas, o credor possui em mãos um título executivo extrajudicial.

Assim, ele pode buscar diretamente o cumprimento da obrigação, sem a necessidade de passar por um processo de conhecimento.

1. Cuidados na elaboração de um Título Executivo Extrajudicial

Para que o título tenha força executiva, é fundamental que ele esteja em conformidade com os requisitos legais. Isso implica em garantir que a obrigação esteja clara, determinada e seja exigível.

Além disso, é vital que o título seja elaborado com precisão, evitando ambiguidades ou cláusulas que possam gerar dúvidas.

Contudo, no cenário jurídico, um título mal redigido ou que não cumpra os requisitos pode resultar em complicações, atrasos e, em alguns casos, na impossibilidade de execução.

Portanto, é indispensável contar com um serviço jurídico atento e qualificado na hora de elaborar ou analisar um título executivo extrajudicial.

2. A modernização e os títulos eletrônicos

Com a evolução tecnológica, o mundo jurídico também passou por transformações. Uma delas é a possibilidade de títulos executivos constituídos ou atestados por meio eletrônico.

Esses títulos, conforme a Lei nº 14.620 de 2023, admitem qualquer modalidade de assinatura eletrônica prevista em lei, dispensando a assinatura de testemunhas quando sua integridade for conferida por provedor de assinatura.

Essa modernização facilita a gestão de documentos, a rapidez nas transações e a segurança dos dados. 

No entanto, é crucial que os profissionais estejam atualizados e preparados para lidar com essa nova realidade, garantindo a validade e eficácia desses títulos eletrônicos.

3. Impacto do Título Executivo Extrajudicial no cotidiano dos escritórios

Primeiramente, no dia a dia dos escritórios, os títulos executivos extrajudiciais emergem como ferramentas essenciais na busca pela eficácia nas demandas.

Eles são instrumentos que eliminam etapas processuais, permitindo que os advogados alcancem os objetivos de seus clientes de maneira mais direta.

A familiaridade com esse instrumento é, portanto, um diferencial para qualquer profissional que almeja obter resultados positivos de maneira consistente.

4. Benefícios na utilização do Título Executivo Extrajudicial

  1. Agilidade Processual: um dos maiores benefícios é, sem dúvida, a rapidez. Ao invés de iniciar um processo de conhecimento, o credor pode ir diretamente para a fase de execução, economizando tempo e recursos;
  2. Redução de Custos: menos etapas processuais significam menos custos associados. Desde honorários até taxas judiciais, assim, a economia é notável;
  3. Maior Segurança Jurídica: tendo um título que já preenche os requisitos de certeza, liquidez e exigibilidade, o risco de enfrentar contestações sobre a validade da dívida é minimizado.

5. Desafios na utilização de Títulos Extrajudiciais

Apesar das vantagens, também existem desafios. Um dos principais é garantir que o título cumpra rigorosamente todos os requisitos legais.

Além disso, é fundamental estar atento às constantes mudanças na legislação e às decisões dos tribunais superiores, que podem influenciar a forma como os títulos são interpretados e aplicados.

ADVBOX: a solução para a advocacia 4.0

A advocacia contemporânea exige uma abordagem que esteja à altura das demandas tecnológicas e digitais.

Escritórios de advocacia de todos os tamanhos percebem a necessidade de se atualizarem para atender a essa nova realidade.

Ou seja, é aqui que a ADVBOX se destaca como o parceiro indispensável à administração da Justiça moderna.

1. Uma revolução na gestão jurídica

A ADVBOX não é apenas um software; é uma revolução na forma como os advogados gerenciam seus casos e interagem com seus clientes.

Permitindo uma advocacia mais eficiente, os profissionais podem dedicar mais tempo a estratégias e menos a tarefas repetitivas.

Entretanto, graças à automatização oferecida pela plataforma, os advogados podem focar no que realmente importa: alcançar objetivos e obter resultados positivos para seus clientes.

2. Integração e eficiência

Um dos maiores desafios na advocacia é garantir que todas as partes estejam sincronizadas e atualizadas. Com a ADVBOX, essa integração acontece naturalmente.

O software permite uma conexão direta com várias esferas do Poder Judiciário, garantindo que os advogados estejam sempre a par das atualizações em seus processos.

Além disso, a capacidade de gerenciar tarefas entre equipes, mesmo aquelas que nunca se encontraram pessoalmente, é uma prova do poder transformador da ADVBOX.

3. Transparência e segurança

Na ADVBOX, a transparência não é apenas uma palavra da moda; é uma prática. Tudo é registrado, e o histórico de tarefas é à prova de exclusões.

Isso proporciona uma camada adicional de segurança, garantindo que as informações estejam sempre disponíveis, independentemente das mudanças na equipe.

Contudo, o software também eleva o gerenciamento do tempo a um novo patamar, garantindo que os escritórios operem com alta produtividade.

E, com a introdução do Law Business Intelligence, os escritórios agora podem integrar resultados jurídicos e financeiros, fornecendo indicadores valiosos para a precificação de honorários.

4. A escolha dos profissionais

Não é de se admirar que tantos profissionais do Direito estejam cantando louvores à ADVBOX. Como Airton Andrade mencionou, o software “agilizou muito a operação do escritório“.

Cynthia Palmerston destaca o “Taskscore” e a “sugestão automática de tarefas” como pontos decisivos para sua escolha.

E Fernanda L. Cardoso aprecia especialmente a “gestão financeira e de intimações” da plataforma.

Conclusão

O título executivo extrajudicial CPC são, sem dúvida, pilares da eficiência processual. Eles representam uma maneira de se obter justiça de forma mais rápida e objetiva.

No entanto, sua correta utilização requer conhecimento, atenção e constante atualização por parte dos profissionais do direito.

À medida que a sociedade e a tecnologia avançam, é essencial que os advogados se adaptem, garantindo que os direitos de seus clientes sejam sempre defendidos com competência e eficácia.

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Autor
Foto - Eduardo Koetz
Eduardo Koetz

Eduardo Koetz é advogado, escritor, sócio e fundador da Koetz Advocacia e CEO da empresa de software jurídico Advbox.

Possui bacharel em Direito pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos). Possui tanto registros na Ordem dos Advogados do Brasil - OAB (OAB/SC 42.934, OAB/RS 73.409, OAB/PR 72.951, OAB/SP 435.266, OAB/MG 204.531, OAB/MG 204.531), como na Ordem dos Advogados de Portugal - OA ( OA/Portugal 69.512L).
É pós-graduado em Direito do Trabalho pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2011- 2012) e em Direito Tributário pela Escola Superior da Magistratura Federal ESMAFE (2013 - 2014).

Atua como um dos principais gestores da Koetz Advocacia realizando a supervisão e liderança em todos os setores do escritório. Em 2021, Eduardo publicou o livro intitulado: Otimizado - O escritório como empresa escalável pela editora Viseu.